PREJUÍZOS
Cerca de R$ 4 mil arrecadado em festa seria utilizado para reforma de muro e compra de freezer
A onda de arrombamentos de prédios públicos em Londrina fez mais um alvo na madrugada dessa segunda-feira: o Centro de Educação Infantil Silvana Lopes, no conjunto Vivi Xavier (zona norte). Criminosos invadiram o prédio e levaram R$ 4 mil que estariam em um cofre. Unidades de saúde também são visadas. Foram dez ataques em três meses
OCEI (Centro de Educação Infantil) Silvana Lopes, mais conhecido como Cantinho dos Anjos, no conjunto Vivi Xavier, zona norte de Londrina, foi arrombado na madrugada de segunda-feira (8). Criminosos violaram a porta de entrada da instituição e posteriormente a da secretaria, onde quebraram cadeados de um armário em que ficava um cofre. Cerca de R$ 4 mil em dinheiro foi levado e documentos espalhados pela sala.
O valor havia sido arrecadado em uma festa organizada junto aos pais para somar fundos, que seriam usados na reforma do muro da creche filantrópica. “O muro da frente está com rachaduras e íamos comprar os materiais para reconstruir. Foi um dinheiro ‘suado’ para arrecadar. Pode parecer pouco, mas para nós é muito. Também tinha dinheiro em envelopes com contribuição sindical”, lamentou Adriana Galieta dos Santos Bereti, voluntária da instituição. O CEI atende 112 crianças de diversos bairros da zona norte e tem 17 funcionários.
Outra parte do dinheiro furtado ainda serviria para a compra de um novo freezer, que inclusive está queimado em razão de ação criminosa. “No primeiro semestre arrombaram a creche e furtaram a fiação e nisto o equipamento estragou”, explicou. “Ainda não conseguimos trocar o que foi violado pois não temos dinheiro. Estamos no mesmo lugar desde 1999 e desde então temos esses casos. Quando estamos nos ‘levantando’ acontece alguma coisa”, apontou Bereti. A creche funciona no centro comunitário do Vivi Xavier, espaço cedido pela prefeitura.
Segundo a diretora do Cantinho dos Anjos, Eliane Silva Menezes Lopes, a instituição tem uma empresa de segurança contratada, porém no convênio não está previsto o ressarcimento para casos de arrombamento. “Como o que pagamos é o mínimo não cobre. O que fazem é dar assistência quando o alarme dispara e em casos de furto os funcionários da empresa pernoitam para arrumarmos os estragos”, destacou. Como o centro é filantrópico, o município não tem obrigação de fazer o monitoramento e patrulha com a GM (Guarda Municipal).
Pais de alunos e outros membros da comunidade têm manifestado apoio para recuperar o que foi perdido. “Vamos ter que começar do zero. Estamos mobilizando a população para ajudar por meio de doações. Teremos ter que repor as portas, além do prejuízo do que iriamos investir”, disse Lopes. Quem quiser ajudar a creche pode entrar em contato pelo telefone (043) 3338-4228.