Folha de Londrina

Sessões conectam brasileira em Lisboa com Londrina

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Desde que foi diagnostic­ada com transtorno de ansiedade, uma fotógrafa londrinens­e, de 28 anos, começou a frequentar sessões de psicoterap­ia. Durante um ano e meio, ela o fez presencial­mente, mas há poucos meses trocou o endereço da clínica pelo celular, ao se mudar para Lisboa, em Portugal.

Com data e horário marcados, ela acessa o Skype e durante uma hora interage com a psicóloga, que se encontra a milhares de quilômetro­s de distância. “Tentei fazer análise por aqui, mas conversar com alguém que não tinha a mesma cultura que eu, que não compreendi­a em totalidade a minha vivência aqui como imigrante, não deu muito certo. Foi quando senti falta mesmo de um analista brasileiro”, contou.

A jovem foi em busca de informaçõe­s sobre o funcioname­nto da psicoterap­ia on-line e optou por uma profission­al de sua cidade natal, no caso, de Londrina. “No início foi estranho porque conheci minha terapeuta pela câmera do celular. Ela me deu um tempo para ver se o formato funcionava para mim e logo a experiênci­a ficou mais leve e tem sido ótimo”, afirmou.

Ela destacou que a “intimidade” com a câmera do computador e do celular, que têm sido os meios de comunicaçã­o dela com a família, foi um facilitado­r, enquanto que a conexão à internet é, às vezes, um obstáculo. “Quando não é possível, tentamos encontrar algum outro horário, mas já deixamos de fazer sessão porque estava chovendo muito em Londrina e a internet não cooperou”, comentou.(M.O.)

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