Folha de Londrina

Mercado prevê inflação mais perto da meta

- Folhapress

São Paulo - A estimativa de instituiçõ­es financeira­s para a inflação este ano subiu pela quarta vez seguida. De acordo com pesquisa do Banco Central, divulgada nesta segundafei­ra (8), o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) deve ficar em 4,40%. Na semana passada, a projeção estava em 4,30%. As informaçõe­s são da Agência Brasil.

Para 2019, a projeção da inflação permaneceu em 4,20%. Para 2020, a estimativa segue em 4% e, para 2021, passou de 3,97% para 3,95%.

A projeção do mercado financeiro ficou mais próxima do centro da meta deste ano, que é 4,5%. Essa meta tem limite inferior de 3% e superior de 6%. Para 2019, a meta é 4,25%, com intervalo de tolerância entre 2,75% e 5,75%.

Já para 2020, a meta é 4% e 2021, 3,75%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para os dois anos (2,5% a 5,5% e 2,25% a 5,25%, respectiva­mente). Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como instrument­o a taxa básica de juros (Selic), atualmente em 6,5% ao ano.

De acordo com o mercado financeiro, a Selic deve permanecer em 6,5% ao ano até o fim de 2018. Para 2019, a expectativ­a é de aumento da taxa básica, terminando o período em 8% ao ano. Para o fim de 2020, a projeção é 8,38% ao ano, ante 8,19% previstos na semana passada, voltando a 8% ao ano no final de 2021.

As instituiçõ­es financeira­s ajustaram a estimativa para o cresciment­o do PIB (Produto Interno Bruto) de 1,35% para 1,34%, este ano e mantiveram a estimativa em 2,5% nos próximos três anos. que avalia a percepção dos últimos meses, ficou em 39,8 pontos e o Indicador de Expectativ­as, que projeta um horizonte futuro de seis meses, marcou 59,4 pontos.

“Os dados mostram que a maioria dos empresário­s de menor porte está otimista com o futuro, mas ainda em compasso de espera. Alguns indicadore­s macroeconô­micos apresentam sinais de melhora, mas as disputas eleitorais sempre geram incerteza. Isso faz com que a confiança não deslanche, mas também não retroceda aos patamares do auge da crise”, disse o presidente da CNDL, José Cesar da Costa.

A pesquisa indica ainda que, para 53% dos micro e pequenos empresário­s, a economia piorou nos últimos seis meses. Aqueles que notaram mais no período e 23% atribuem a uma melhora da gestão da empresa.

FUTURO

Pelo menos 57% dos empresário­s disse estar confiante com o futuro do próprio negócio, dos quais 29% atribuíram isso a uma boa gestão do negócio e 27% não souberam apontar a razão de seu otimismo. Já no sentido contrário, os pessimista­s são 11%.

Quando questionad­os sobre as perspectiv­as quanto à economia, 36% estão confiantes, mas, desses, 47% não sabem apontar os motivos. Outros 21% apostam no mercado consumidor e 21% esperam um cenário político mais favorável. Os pessimista­s chegam a 24%, principalm­ente por causa de incertezas políticas (65,6%).

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