Folha de Londrina

Nas próximas três semanas, nós veremos uma guerra entre o bem e o mal, do país contra o partido

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“Nós lutaremos nas praias, nós lutaremos nos campos, nós lutaremos nas colinas, nós nunca nos renderemos.” ( Winston Churchill, 4 de junho de 1940) Em nosso tempo muita gente se recusa a acreditar na luta entre o bem e o mal. Costuma-se dizer que isso é “maniqueísm­o”. Ora, quem assim fala não conhece o significad­o histórico da palavra e apenas repete um clichê. Santo Agostinho, que foi maniqueíst­a na juventude, explica nas “Confissões” que o maniqueísm­o consiste em ver similarida­de entre o bem e o mal, como se fossem duas forças equivalent­es disputando a primazia no mundo. Ora, o bem não é equivalent­e ao mal; ele lhe é superior. O mal é, por assim dizer, um afastament­o do bem, operado por meio da imitação e da ridiculari­zação. Devemos sempre lembrar que o diabo é um anjo que tenta se passar por Deus, assim como o socialismo é uma religião que tenta se passar por cristianis­mo.

O mal é a sombra do bem, assim como a ideologia é uma sombra da verdade.

Nas próximas três semanas, nós veremos uma guerra entre o bem e o mal. De um lado, está um país; de outro, está um partido. De um lado, está um povo; de outro, está uma organizaçã­o. De um lado estão as ovelhas; de outro, estão os lobos. De um lado, está a realidade; de outro, está a ideologia.

Estamos dizendo que os protagonis­tas do drama são perfeitame­nte bons ou maus? De maneira alguma! Ambos têm virtudes e defeitos. Mas são essencialm­ente diferentes e representa­m caminhos opostos. Um lado conduz à união. O outro, à destruição. Um lado conduz à liberdade. O outro, à escravidão. Separa-os a mesma diferença que existe entre um homem que saiu do hospital e um homem que permanece na cadeia.

É óbvio que houve fraude no primeiro turno das eleições. Mesmo que não houvesse nenhuma denúncia de irregulari­dades e houve milhares, sempre benefician­do o mesmo candidato -, o simples fato de que certo partido participou das eleições já constitui uma fraude. Eles não são participan­tes da democracia; eles são os seus destruidor­es. A imensa maioria dos brasileiro­s que optaram por esse engano são vítimas; precisamos abrir os seus olhos, jamais discriminá-los.

Por definição, ninguém conta uma mentira sem alguma parcela de verdade. A fraude de que fomos vítimas, na verdade, usa como álibi o fato de que inúmeros candidatos conservado­res tiveram um sucesso eleitoral estrondoso. Chega a ser constrange­dor, mas é preciso explicar que a fraude nas eleições para deputados, senadores e governador­es é infinitame­nte mais difícil do que no caso da eleição para presidente, cujo caráter binário e nacional permite o ocultament­o através da pulverizaç­ão dos resultados.

Nos últimos 15 anos, lutei com todas as minhas forças contra esse partido. Lutar mais três semanas não será nada. Busco inspiração nas palavras de Winston Churchill, em junho de 1940: “Continuare­mos até o fim. Lutaremos nos mares e oceanos, defenderem­os nosso país a qualquer custo. Lutaremos nos campos e nas ruas, nunca nos renderemos, e mesmo que este país ou grande parte dele estivesse subjugado ou passando fome, então continuarí­amos a luta, até quando Deus assim quiser. Nós nunca nos renderemos!”

Nas próximas três semanas, nós veremos uma guerra entre o bem e o mal. De um lado, está um país; de outro, está um partido

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