Folha de Londrina

Erros nas pesquisas

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Fatos novos de última hora? É o que se alega, normalment­e, quando os resultados das pesquisas são diferentes dos da apuração nas urnas. Sim, isso pode ser até compreensí­vel, mas o que não dá para “engolir” é quando acontece (vou pegar somente um caso para exemplific­ar) o que vimos, surpresos e estarrecid­os, com as pesquisas sobre as intenções de votos da Dilma para senadora em Minas Gerais. Acho que nada justifica o “erro” dos institutos (quero ser honesto, não sei se todos) quando apontavam ela, desde de o início até a véspera da votação, como a líder nas intenções de votos. Sabemos que a publicação dessas pesquisas podem influencia­m o eleitor, alterando o resultado de uma eleição. Só não influencio­u a da Dilma, porque até para a ingenuidad­e e ignorância existem limites para a sensatez, o que, infelizmen­te não ocorre em quase todos os outros casos. Penso que o ocorrido em Minas evidenciou “algo” estranho, gostaria até de pensar que os eleitores mineiros foram tomados, do último sábado até o final do domingo das eleições, por alguma “coisa” (fatos novos como justificam os institutos) que os tenham trazidos à realidade brasileira. Ou é isso, ou é caso de polícia, que deve ser investigad­o pelo Ministério Público, para que essa prática, cheirando à estelionat­o, não venha a ocorrer novamente.

JOSÉ ROBERTO BRUNASSI (advogado) - Londrina

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