Colégio realiza programação solidária em seus 40 anos
Colégio Estadual Albino Feijó comemora 40 anos mobilizando alunos em atividades beneficentes a entidades e à estrutura da instituição
OColégio Estadual Albino Feijó Sanches, no Parque das Indústrias, zona sul de Londrina, completa em outubro 40 anos de história. Tomando conta de um quarteirão do bairro, em uma terreno de cerca de 8,4 mil metros quadrados, tem aproximadamente 1.250 alunos de ensino fundamental 2, médio e profissionalizante, nos três períodos do dia. Uma das mais tradicionais e respeitadas instituições educacionais da cidade, a escola está desenvolvendo uma série de trabalhos de conscientização e solidariedade para celebrar a data.
As tarefas que envolvem professores, funcionários e principalmente os estudantes estão acontecendo no âmbito social, ambiental, tecnológico e em paralelo com a história, fazendo um resgate e valorizando as quatro décadas por meio de uma gincana em que as turmas foram dividas em equipes. As ações começaram em setembro e serão intensificadas na semana que vem, quando serão realizados jogos e apresentações de talentos durante dois dias.
Entre as atividades da gincana estão arrecadação de leite, que será doado para o Lar das Vovozinhas, recolhimento de alimentos e lacres de latas de metal, que serão direcionados para o Hospital do Câncer de Londrina, confecção de brinquedos a partir de materiais reciclados para serem distribuídos para crianças, e mudança da paisagem da instituição a partir da criação de jardins em alguns espaços. “A escola tem ficado muito movimentada durante estes dias. Quando chegamos aos 30 anos fizemos algo parecido e o interessante é que todos ‘compraram’ a ideia novamente”, destaca Marcos Buche, diretorgeral do colégio.
Além disso, alunos estão buscando personalidades e autoridades que estudaram na escola para gravação de vídeos e produzindo a nova logo do uniforme do Albino Feijó e hino que, até então, o centro de ensino não tinha. “A escola busca trabalhar junto com a comunidade escolar. Estamos em uma região carente, com várias realidades em sala de aula, e estamos somando todas elas para o melhor em prol do colégio”, afir- mou. A escola conta com cerca de 140 funcionários. Recursos oficiais e conquistados por meio de promoções estão sendo revertidos para a pintura da instituição.
VALORIZAÇÃO
Segundo a professora de artes e português Paola Gellner, os trabalhos ajudam os estudantes a valorizarem mais o espaço que convivem. “É importante para eles se sentirem parte da escola e cuidar. A participação deles vem surpreendendo. Para arrecadar alimentos muitos pegaram autorização do colégio e foram até os mercados do bairro, outros estão atentos ao cuidado dos jardins que montaram. É uma conscientização que está partindo deles”, elenca. Fazendo um paralelo com o dia da consciência negra, a docente produziu com os alunos vasos africanos, que foram colocados em pilares, dando um colorido especial para os espaços.
Sem o dia de outubro definido de sua fundação, o Colégio Albino Feijó iniciou seu funcionamento como uma pequena escola em uma região que ainda procurava seu desenvolvimento depois do asfaltamento da PR-445, na década de 1970. Com o crescimento do Parque das Indústrias e adjacências, o prédio da escola também foi crescendo, ganhando mais complexos e salas, dispondo atualmente de aproximadamente 2,2 mil metros quadrados de área construída. Completando 40 anos, o colégio vive outra realidade. “Temos notado que o número de alunos vem diminuindo. Chegamos a ter 2.500 alunos no passado”, relembra Marcos Buche, que foi aluno da escola antes de se tornar professor e posteriormente diretor.
Quem tem acompanhado a transformação do colégio é a professora de matemática Elizabete Mezzaroba. Moradora da região central, ele faz questão de se deslocar cerca de 13 quilômetros diariamente para o local de trabalho, onde está há quase 30 anos. “Moro próxima de três escolas estaduais, mais gosto muito daqui e dos estudantes. Me acostumei com eles e sou feliz aqui”, diz com um sorriso de orgulho por fazer parte dessa história. “O perfil dos alunos mudou. Hoje em dia tem o celular e precisamos dar limites”, relata. A instituição ainda contou com ensino fundamental 1 por muito tempo, deixando de ofertar este modalidade há cerca de uma década.