Folha de Londrina

Após 25 anos, número de fumantes para de cair

- Arthur Soares Especial para a Agência Estado

A forte tendência de queda no número de fumantes no País, registrada desde 1990, pode ter chegado ao fim. Pesquisa Vigitel, do Ministério da Saúde, aponta que a prevalênci­a do tabagismo nas capitais brasileira­s ficou praticamen­te inalterada entre 2016 (10,16%) e 2017 (10,11%). Levantamen­to também mostra que o brasileiro diminuiu o consumo de cigarros considerad­os ilegais - grande parte contraband­eada do Paraguai - nos últimos dois anos

Fortaleza -

Após determinaç­ão da Sejus (Secretaria de Justiça) do Ceará de proibir a visita de crianças a presídios onde haja detentos acusados de crimes sexuais, presidiári­os da Unidade Prisional Professor José Sobreira de Amorim, em Itaitinga, na Região Metropolit­ana de Fortaleza, queimaram colchões em motim na noite desta segunda-feira (15). Agentes penitenciá­rios debelaram o fogo e dispersara­m o grupo que iniciou a rebelião.

A decisão de proibir a visita de crianças foi tomada pelo Estado após o estupro de uma menina de 11 anos no Cepis (Centro de Execução Penal e Integração Social Vasco Damasceno Weyne), no Complexo de Itaitinga. O crime foi cometido por um detento, durante o horário de visita, que acontece entre 9 e 16 horas.

No motim de segunda à noite, alguns internos tiveram ferimentos leves e foram encaminhad­os para a unidade de saúde do estabeleci­mento prisional. Os reparos nas celas foram iniciados na manhã desta terça-feira (16). De acordo com informaçõe­s da Secretaria de Segurança Pública do Ceará, a Polícia Civil está apurando as causas da ocorrência.

A pasta disse ter registrado a ocorrência de apenas um único motim no Complexo Penitenciá­rio de Itaitinga, mas há relatos de outros que teriam ocorrido no Instituto Penal Professor Olavo Oliveira e no Cepis.

O detento acusado de ter praticado o crime contra a menina foi levado para isolamento, por medida de segurança, visto que está marcado de morte por ter violado leis internas dos presidiári­os. A garota visitava uma ala restrita a presos que cumpriram pena por crimes sexuais. O pai da menina está detido por ter cometido esse tipo de delito.

O Sindicato dos Agentes Penitenciá­rios do Ceará afirmou que já havia alertado a Sejus sobre o risco de crianças nestes locais, mas não foi ouvido. Em sua defesa, a Secretaria de Justiça informou que “a visita de filhos e netos de internos é garantida pela Lei de Execução Penal e sempre transcorre­u normalment­e”.

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