Folha de Londrina

Corinthian­s aposta no londrinens­e Jadson para comandar virada na Copa do Brasil contra o Cruzeiro; curitibano Thiago Neves é a arma dos mineiros

- Luciano Trindade e Luiz Cosenzo Folhapress

São Paulo - Protagonis­ta na conquista do Brasileiro de 2015 ao lado de Renato Augusto, o meia-atacante Jadson, 35 anos, volta a ser a esperança do Corinthian­s na disputa por mais um título nacional. Desta vez, recai sobre os seus ombros a expectativ­a de o clube faturar a Copa do Brasil.

Tricampeão da competição, a equipe alvinegra precisa vencer por dois gols de diferença o Cruzeiro nesta quarta-feira (17), às 21h45, no Itaquerão, para ficar com o título do principal torneio de mata-mata do futebol brasileiro. Se o time paulista ganhar pela diferença mínima, o campeão será conhecido nas cobranças de pênaltis, já que no jogo de ida, no Mineirão, o Cruzeiro venceu por 1 a 0.

“Jadson é aquele camisa 10 clássico, que está em extinção. É o jogador da bola parada, do último passe. Ele tem facilidade em achar os companheir­os até em situações com três volantes. Não vai ser decisivo em todos os jogos, mas quando consegue tem sua importânci­a”, disse o técnico Jair Ventura, que deixa o meia livre para organizar as jogadas ofensivas do time.

O camisa 10 é o maior goleador do clube no ano, com 13 gols em 43 jogos, além de ser o líder de assistênci­as, com 12. Ele se tornou a principal esperança de gols da equipe alvinegra após as saídas de Jô, logo após a conquista do título do Brasileiro de 2017, e de Rodriguinh­o, no segundo semestre deste ano. O clube ainda perdeu outros jogadores importante­s, como o zagueiro Balbuena e o lateralesq­uerdo Guilherme Arana, o que aumentou ainda mais a responsabi­lidade sobre o camisa 10.

“Dentro de campo, pela minha experiênci­a, tento buscar o melhor caminho para realizar as jogadas e, graças a Deus, as coisas têm dado certo. Espero continuar ajudando o Corinthian­s”, disse o meia. Jadson disputou sete das nove partidas do Corinthian­s sob o comando de Jair Ventura e foi substituíd­o apenas em uma, aos 36 minutos do segundo tempo - justamente no confronto de ida da decisão da Copa do Brasil deste ano.

Naquele jogo, quem se destacou foi Thiago Neves, 33, autor do gol da vitória cruzeirens­e, que tenta comandar a equipe novamente à conquista do torneio de mata-mata. Na campanha do título da Copa do Brasil de 2017, ele converteu os pênaltis decisivos na semifinal contra o Grêmio e na final contra o Flamengo.

Se conquistar outra vez o troféu, o meia-atacante levará o clube ao seu sexto título da competição, isolando o Cruzeiro como maior vencedor da Copa do Brasil. Atualmente, o time campeão em 1993, 1996, 2000, 2003 e 2017 está empatado com o Grêmio como maior vencedor.

Contratado em janeiro do ano passado, Thiago Neves é o artilheiro do clube nesta temporada, com 12 gols em 46 partidas. Em 2017, ele também terminou como o goleador, com 17 gols em 57 jogos.

“Geralmente, as equipes que chegam a uma final têm em seu elenco jogadores assim, mais experiment­ados, que sabem como a coisa funciona, que fazem uma leitura mais correta do lance, que sabem os caminhos da bola. Esses jogadores acabam definindo jogos importante­s”, disse o técnico do Cruzeiro, Mano Menezes, responsáve­l por levar Jadson para o seu adversário no jogo desta quarta-feira.

A contrataçã­o de Jadson foi pedida por Mano quando ele trabalhava no Corinthian­s, em 2014. O jogador, que estava no São Paulo, acabou chegando ao clube alvinegro em uma troca envolvendo o atacante Alexandre Pato.

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Wesley Santos/Estadão Conteúdo No treino aberto da véspera, imagem de São Jorge, padroeiro corintiano, foi levada ao gramado e às arquibanca­das do Itaquerão

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