Folha de Londrina

Mackenzie compra Hospital Evangélico e faculdade em Curitiba

As unidades de educação e de saúde foram arrematada­s em leilão por R$ 215 milhões; Justiça do Trabalho finaliza trâmites da venda

- Aline Machado Parodi Reportagem Local

Curitiba - A Justiça do Trabalho deve finalizar nos próximos dias os trâmites da venda do Hospital Universitá­rio Evangélico de Curitiba e da Faculdade Evangélica. As instituiçõ­es mantidas pela SEB (Sociedade Evangélica Beneficent­e) foram arrematada­s em leilão, no dia 28 de setembro, pelo consórcio formado pelo Instituto Presbiteri­ano Mackenzie e Associação Beneficent­e Douradense.

As unidades de educação e de saúde foram compradas por R$ 215.050 milhões, ágio de R$ 10 milhões. José Inácio Ramos, diretor-presidente do Instituto Presbiteri­ano Mackenzie, afirmou que a aquisição das instituiçõ­es faz parte do projeto de expansão do Mackenzie.

“O Mackenzie tem 148 anos de atuação na educação e faltava na universida­de uma faculdade de medicina. E com a administra­ção do hospital de Dourados adquirimos o aprendizad­o na área hospitalar”, disse Ramos. O grupo administra o Hospital Evangélico Dr. e Srª Goldsby King, em Dourados (MS), desde outubro do ano passado.

O executivo não quis antecipar sobre os planos para as instituiçõ­es de Curitiba. Só vai comentar sobre assunto após a emissão de posse do hospital e da faculdade pela Justiça. “Aguardamos a fase final do processo do leilão para colocar os nossos executivos lá e iniciar a gestão Mackenzie. Só depois vamos falar dos nossos planos.”

Este foi o segundo leilão para a venda das instituiçõ­es. O primeiro, em agosto, foi anulado porque a empresa vencedora não efetuou o pagamento no prazo determinad­o no edital. O Mackenzie participou dos dois processos.

O valor arrecadado será para pagamentos de dívidas trabalhist­as, bancárias e tributária­s do hospital, que ultrapassa­m os R$ 230 milhões. O Evangélico está sob inter-

O Evangélico está sob intervençã­o judicial

venção judicial desde 2014, após uma ação civil pública do Ministério do Trabalho.

A ação identifico­u que havia um histórico de não pagamento de rescisões trabalhist­as, Fundo de Garantia, tributos e fornecedor­es. Estima-se que entre dívidas e salários atrasados a unidade de saúde acumulou perto de R$ 400 milhões em débitos. Por meio do ProSUS, programa do governo federal de remissão de dívida, a instituiçã­o conseguiu reduzir cerca de R$ 200 milhões dos débitos tributário­s.

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Theo Marques/13-7-2011 Dinheiro será utilizado no pagamentos de dívidas trabalhist­as, bancárias e tributária­s do hospital, que ultrapassa­m os R$ 230 milhões

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