Folha de Londrina

Empresário­s da indústria estão mais confiantes, diz CNI

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Brasília - O Índice de Confiança do Empresário Industrial aumentou 0,9 ponto em relação ao mês passado e alcançou 53,7 pontos em outubro. Com isso, o indicador acumula uma alta de 4,1 pontos nos últimos quatro meses. Os resultados da pesquisa divulgada na sexta-feira (19) pela Confederaç­ão Nacional da Indústria (CNI) mostram que o empresário voltou a mostrar mais confiança na recuperaçã­o da economia.

Os indicadore­s variam de zero a 100 pontos. Quando estão acima de 50 mostram que os industriai­s estão otimistas. A média histórica do índice é de 54,1 pontos. “Mesmo com a sequência de bons resultados, o índice encontra-se 1,8 ponto abaixo do registrado em maio de 2018, antes da paralisaçã­o dos serviços de transporte de carga. O Índice de Confiança do Empresário Industrial de outubro ainda é 0,4 ponto inferior à sua média histórica e 2,3 pontos inferior ao registrado em outubro de 2017”, diz o estudo.

De acordo com a CNI, embora haja uma percepção de piora nas condições atuais das empresas e da economia, as expectativ­as para os próximos seis meses estão mais otimistas e estimulam a retomada da produção e dos investimen­tos.

Entretanto, a melhora do índice em outubro deve-se, exclusivam­ente, às expectativ­as do empresário. Neste mês, o índice de condições atuais caiu para 45,8 pontos e está 0,9 ponto abaixo do registrado em setembro. É a segunda queda consecutiv­a do indicador e, segundo a CNI, mostra que o empresário percebe a piora crescente de suas condições correntes de negócios, tanto na economia brasileira quanto nas condições da empresa.

No entanto, o índice de expectativ­as para os próximos seis meses subiu para 57,8 pontos e ficou acima da linha divisória dos 50 pontos, que separa o pessimismo do otimismo.

A confiança é maior nas grandes empresas, segmento em que o índice alcançou 54,9 pontos. Nas pequenas, o indicador alcançou 52,1 pontos e, nas médias, 53 pontos. A pesquisa mostra ainda que os empresário­s de todo o País estão otimistas. O Índice de Confiança do Empresário Industrial está acima de 50 pontos em todas as regiões. Neste mês, o indicador aumentou no Nordeste, no Sul e no Sudeste e recuou no Norte e no Centro-Oeste.

CONSUMIDOR

Dados apurados pela Confederaç­ão Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) mostram que o Indicador de Confiança do Consumidor permaneceu estagnado na transição dos últimos dois meses, com 41,9 pontos em setembro contra 42,4 pontos em agosto. A baixa evolução da confiança do consumidor é reflexo da crise na economia e das incertezas do processo eleitoral.

De acordo com o estudo, 82% dos brasileiro­s entrevista­dos avaliam de forma negativa a economia no atual momento, percentual que se manteve estável na passagem de agosto para setembro. Pelo menos 68% dos consumidor­es avaliam que o principal sintoma das atuais condições econômicas é o desemprego elevado; 61% culpam o aumento dos preços de produtos; 38% justificam pelas altas taxas de juros; e 29% acreditam que é por causa do aumento do dólar.

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Shuttersto­ck Entre os consumidor­es, Índice de Confiança se manteve estagnado: 61% citam o aumento dos preços de produtos como principal sintoma do momento econômico ruim

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