Alunos de Cascavel doam cabelo para hospital
Material é usado na confecção de perucas para pessoas em tratamento de câncer
Cascavel
- Estudantes do 8° ano do ensino fundamental do Colégio Estadual Wilson Joffre, em Cascavel (Oeste), entregaram nesta segunda-feira (22) doações de cabelos ao Uopeccan (Hospital do Câncer de Cascavel). Serão destinados à confecção de perucas para pessoas que estão em tratamento de câncer. A doação foi feita por estudantes e comunidade escolar. Foi a terceira arrecadação realizada pelos alunos ao hospital - em 2016 houve a doação de 18 voluntários e em 2017 22 pessoas colaboraram.
O projeto “Doar não dói” é realizado por seis alunos com coordenação dos professores, equipe pedagógica e direção do colégio. A equipe passa de sala de em sala um mês antes da coleta incentivando os colegas a doarem e a convidarem outros voluntários. O colégio possui parceria com cabeleireiros que fazem a coleta e finalizam os cortes de acordo com a vontade do doador. O processo é gratuito.
Os cabelos arrecadados são doados para voluntários que confeccionam as perucas. “O mais importante é saber que esse pequeno gesto pode fazer a diferença para a pessoa que está passando por esse momento delicado”, disse a estudante Maria Anthonia Castro Rodrigues, 13, em entrevista à Agência Estadual de Notícias. Ela teve a iniciativa de criar o grupo para arrecadar as doações.
Segundo a garota, que passou por um tratamento de câncer em 2012, a ação contribui para aumentar a autoestima de quem está passando pelo tratamento. “Quando fiz o tratamento, eu perdi o cabelo. Por isso eu tive a ideia de fazer algo para ajudar e motivar as pessoas que estão passando pelo mesmo que eu passei”, contou.
De acordo com a professora Ana Maria Agnoletto Coutinho, mãe da aluna Ana Gabriella, 13, que também ajudou a elaborar o projeto, a iniciativa dos estudantes contribui ainda com a formação cidadã dos alunos. “Além de despertar nos alunos o sentimento de empatia pelo próximo, estamos fomentando o altruísmo e o protagonismo desses estudantes que terão um olhar diferente sobre a sociedade”, acrescentou a professora de Ciências, Luiza Elena Slongo, que coordena o projeto.
“Estamos fomentando o altruísmo e o protagonismo desses estudantes”