Renegociações explicam queda da inadimplência
Brasília -A inadimplência do crédito, considerados atrasos acima de 90 dias, para pessoas físicas, caiu 0,1 ponto percentual e ficou em 4,9% em setembro. No caso das pessoas jurídicas, também houve recuo, de 0,2 ponto percentual, ficando em 3,1%. Esses dados são do crédito livre, em que os bancos têm autonomia para emprestar o dinheiro captado no mercado.
De acordo com Baldini, a inadimplência das famílias (pessoas físicas) continua no menor nível histórico, desde a série iniciada pelo Banco Central em março de 2011. A taxa média de inadimplência com recursos livres para pessoas físicas e empresas - de 4,1% em setembro - também é a menor da série histórica. A explicação são os programas de refinanciamentos e repactuações de dívidas em atraso. “E esse processo, mais ou menos, se consolidou. Boa parte do que havia de crédito em atraso foi renegociado e, de certa forma, deu vida nova agora com taxas mais baixas”, explicou.
Segundo ele, no caso das pessoas físicas, isso vem ocorrendo de forma constante desde 2016. Para empresas, os processos de renegociações avançaram até o ano passado e vem se consolidando. “A inadimplência das empresas está 3,1%, era quase o disso em maio do ano passado . Mas também houve a recuperação da economia, com a expansão do crédito e melhoria das condições de pagamento”, explicou.
No caso do crédito direcionado (empréstimos com regras definidas pelo governo, destinados, basicamente, aos setores habitacional, rural e de infraestrutura) os juros para as pessoas físicas também caíram 0,2 ponto percentual, para 7,6% ao ano. A taxa cobrada das empresas caiu 0,7 ponto percentual, para 8,7% ao ano.
A inadimplência das pessoas físicas caiu 0,2 ponto percentual e ficou em 1,7% e a das empresas subiu 0,4 ponto percentual, para 2%. “São as mais baixas desde dezembro de 2014. Esse nível baixo configura um cenário favorável para a continuidade da recuperação sustentável do mercado de crédito”, disse Baldini.