O Brasil e a facada da fraude
A responsabilidade, alguém já disse, é a nossa capacidade de dar uma resposta a Deus. No dia 6 de setembro, um dos candidatos à Presidência da República sofreu um atentado que quase lhe custou a vida. A faca do agressor penetrou 12 centímetros no corpo do candidato; tivesse avançado mais um centímetro, atingindo o simbólico número 13, e ele estaria morto.
Neste domingo o povo brasileiro tem a missão de dar uma resposta a Deus diante de um grande perigo que ameaça a sobrevivência do País. Nossa responsabilidade é imensa: decidir se seremos governados por um homem efetivamente escolhido pelo povo ou por uma organização criminosa capaz de tudo para tomar o poder. A mera participação dessa entidade nefasta no pleito eleitoral já constitui, em si, uma fraude. Mas existe a possibilidade real de uma fraude no sentido mais literal da palavra. É contra ela que nos levantamos agora. Não podemos deixar que a facada da fraude mate a esperança de um país inteiro.
Algumas pessoas acham que, por escrever no jornal, eu tenho informações privilegiadas, e por isso me procuram. Nos últimos dias, as abordagens aumentaram muito. E todos falam a mesma coisa. Todos manifestam a mesma angústia, a mesma preocupação, a mesma esperança. Eles querem saber se vai correr tudo bem neste domingo; e se não haverá facada.
Não é só em Londrina. Amigos e leitores de várias regiões do Brasil estão igualmente angustiados com o segundo turno. Eles acreditam que a decisão popular está clara, mas pode não ser respeitada. Paulo, de Natal (RN), teme a facada da censura contra os cidadãos comuns e o controle da mídia. Glauco, de Chapecó (SC), teme a facada da ideologia de gênero e da doutrinação nas escolas. Rogério, de Jundiaí (SP), teme a facada do aumento de impostos e da soltura de bandidos. Edilza, do Distrito Federal, teme a facada da legalização das drogas e do aborto. Thiago, de Boa Vista (RR), teme a facada da fome e da venezuelização. Christiane, da capital paulista, teme a facada do fim da Lava Jato. Flavio, do Rio de Janeiro, teme a facada das invasões de propriedade. Ana Luiza, de Campo Grande (MS), teme a facada dos gastos públicos desenfreados. Cláudio, de Campina Grande (MS), teme a facada contra a família e o cristianismo. Ricardo, de Itu (SP), teme a facada do analfabetismo funcional. Everton, de Belo Jardim (PE), teme as facadas dos homicídios e estupros impunes. Patrícia, de Goiânia, teme a facada da libertação do presidiário-mor. E este cronista de sete leitores teme a facada do socialismo.
Há quase 15 anos luto contra a organização criminosa, e sei que eles são capazes de muita coisa. Mas frustrar a imensa maioria do povo brasileiro, transformar essa angústia de milhões de pessoas em revolta, me parece algo irrealizável e temerário até para eles.
Adélio tentou matar o candidato. Se houver fraude, será a segunda facada, a mãe de todas as facadas - mas, desta vez, no coração do país inteiro.
AVENIDA PARANÁ
Neste domingo o povo brasileiro precisa dar uma resposta diante da organização que ameaça a sobrevivência do País