Missão agora é unir o País para que ele volte a crescer
Chegou o dia seguinte da eleição mais imprevisível dos últimos tempos no Brasil. O desfecho, com a vitória de Jair Bolsonaro, chega com o sabor doce da conquista para o PSL. Depois de quatro vitórias sucessivas do PT na disputa pelo Palácio do Planalto, o partido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva amarga na derrota a certeza de que a autocrítica chegou muito tarde.
Com o resultado das urnas consolidadas, a partir de agora as incertezas em relação ao cenário político brasileiro começarão a cobrar atenção. O patamar expressivo de votos de Bolsonaro será importante para a governabilidade. A vantagem na urna é um grande termômetro, mas não descarta a necessidade do vencedor colocar em prática, a partir desta segunda-feira (29), o poder de conciliar e agregar uma nação dividida.
A polarização dividiu o País. As eleições chegaram ao seu dia decisivo, no domingo (28), com Jair Bolsonaro à frente de Fernando Haddad nas pesquisas em oito pontos, segundo o Ibope, e em dez pontos, segundo o Datafolha. O quadro não mudou e o resultado final confirmou a polarização.
Jair Bolsonaro vai colocar a faixa presidencial no dia 1º de janeiro e conduzir o destino do País para os próximos quatro anos. Se a eleição foi imprevisível, as estratégias foram muito diferentes das utilizadas nas eleições anteriores. Os candidatos com mais tempo de televisão ficaram para trás e os dois primeiros colocados foram aqueles que tinham uma militância mais atuante nas redes sociais e nas ruas. Também foi uma campanha que debateu muito mais ideologia, atitude e maneira de governar do que o problema que preocupa a maioria das famílias brasileiras: a crise econômica e qual a estratégia para colocar o Brasil de novo no caminho do desenvolvimento.
Há reformas que precisam ser aprovadas pelo Congresso Nacional antes do final de 2018 e a volta do País aos trilhos depende muito dessas mudanças e da união do povo brasileiro. E dessa união virá a confiança da sociedade no respeito às instituições e na pluralidade política, compromisso que Bolsonaro já firmou no seu primeiro pronunciamento como presidente eleito, afirmando ainda que será defensor da Constituição, da democracia e da liberdade.
Jair Bolsonaro vai colocar a faixa presidencial no dia 1º de janeiro e conduzir o destino do País para os próximos quatro anos”