Folha de Londrina

Ibovespa fecha outubro com avanço de 10,19%

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Sinais divergente­s sobre commoditie­s ditam pregão

O Índice Bovespa alternou altas e baixas ao longo de toda a sessão de quarta-feira (31) e fechou com ganho moderado, de 0,62%, aos 87 423,55 pontos, na segunda maior pontuação do ano. A oscilação foi influencia­da principalm­ente pelos sinais divergente­s das blue chips. Enquanto algumas foram alvo de realização de lucros e recuaram, outras subiram com influência­s específica­s, como a alta do dólar ante moedas emergentes. Os negócios somaram R$ 17,9 bilhões. Assim, o Ibovespa encerra outubro com alta de 10,19%. É o maior porcentual mensal desde os 11,14% de janeiro. A variação de outubro é ainda maior em dólares, chegando a 19,7%.

Vale termina com máxima do dia com avaliação de agência

Entre os destaques do dia esteve Vale ON, ação de maior peso na composição do Ibovespa. O papel fechou com ganho de 5,27%, na máxima do dia, aos R$ 56,71. Vale foi beneficiad­a pela alta dos preços do minério de ferro e pela melhora na recomendaç­ão, promovida pelo UBS. No ano, acumula ganho de mais de 45%. Já a alta do dólar ante o real e outras moedas emergentes favoreceu ações de empresas exportador­as. Braskem PNA (+6,82%) Suzano ON (+3,47%) e BRF ON (+3,45%) foram alguns dos destaques. Do outro lado estiveram Petrobras ON e PN, que caíram 0,66% e 1,36%, em uma correção às fortes altas da véspera, favorecida por nova queda dos preços do petróleo.

Dólar encerra mês em baixa apesar de ter alta na sessão

O dólar fechou outubro cotado em R$ 3,7283, desvaloriz­ação de 8% no mês. Foi a maior queda mensal desde junho de 2016, quando recuou 11% em meio à “lua de mel” do mercado com o governo de Michel Temer. Os motivos atuais para a queda também são o otimismo dos investidor­es com o novo presidente, Jair Bolsonaro (PSL), e seu futuro ministro da economia, Paulo Guedes. Na quarta, dia de formação da taxa Ptax de outubro, foi a R$ 3,7453. A alta do dólar entre moedas de emergentes, principalm­ente o México (+1,20%), ajudou a pressionar o câmbio doméstico no dia de ontem e a moeda acabou fechando em alta de 0,97%.

Juros mantêm patamar com espera de relatório do Copom

Os juros futuros terminaram o dia com viés de baixa nos contratos de curto prazo e alta moderada na ponta longa. Depois de consolidad­as as apostas de manutenção da Selic em 6,50%, o mercado aguarda comunicado sobre os próximos passos, com expectativ­a de tom será mais suave em função da definição do processo eleitoral. A taxa do contrato de Depósito Interfinan­ceiro (DI) para janeiro de 2019 fechou em 6,425%, de 6,432% no ajuste anterior, e a do DI para janeiro de 2020 passou de 7,193% para 7,17%. A taxa do DI para janeiro de 2021 fechou estável, em 8,12%. O DI para janeiro de 2023 encerrou com taxa de 9,27%, ante 9,253%, e a do DI para janeiro de 2025 subiu de 9,782% para 9,83%.

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