Folha de Londrina

CLÁUDIO HUMBERTO

Presidente eleito Jair Bolsonaro sobre Sérgio Moro, seu futuro ministro da Justiça

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Praticamen­te sem utilidade, Ministério do Trabalho pode estar com os dias contados

Ministério do Trabalho pode virar só secretaria

Transforma­da em repartição praticamen­te sem utilidade, o Ministério do Trabalho pode estar com os dias contados. Estudos sobre a mesa da equipe que assessora o presidente eleito Jair Bolsonaro recomendam, senão a extinção, ao menos a perda de status do ministério que virou antro de escândalos de corrupção. A tendência seria sua redução a Secretaria do Trabalho, subordinad­a ao ministério de Paulo Guedes.

Sempre cabe mais um

Além de Fazenda, Planejamen­to e Desenvolvi­mento Industrial, o futuro ministro Paulo Guedes também responderi­a pela área do Trabalho.

Ministro para quê?

Há anos o ministro do Trabalho apenas divulga a cada mês o Caged, levantamen­to sobre queda ou alta de empregos de carteira assinada.

Ministério para quê?

O Ministério do Trabalho custa quase R$2 bilhões por ano e apenas favorece negociatas como a venda de cartas de criação de sindicatos.

Reforço nas delegacias

O novo governo deve reforçar fiscalizaç­ão, a cargo de auditores do trabalho lotados nas delegacias regionais do trabalho (DRTs).

Ala do STF resistia a Moro: ‘juiz de primeiro grau’

Parte do Supremo Tribunal Federal (STF) torcia o nariz, de quase asco, à eventual indicação de Sérgio Moro como ministro da corte em razão de um velho preconceit­o: ele é “apenas juiz de primeiro grau”. Mas esses mesmos ministros não se opõem à nomeação de Moro após uma temporada no Ministério da Justiça. Isso funcionari­a como forma de “limpar” a biografia de Moro. Quanta bobagem. Até porque a maioria dos ministros do STF não tem experiênci­a anterior na magistratu­ra.

Rito de passagem

A aceitação do convite de Bolsonaro, confirmada ontem, “pavimenta” seu eventual ingresso no STF, quando surgirem as primeiras vagas.

Vaga só em 2020

A próxima vaga no STF surgirá com a aposentado­ria do ministro Celso de Mello, que atingirá os 75 anos em 1º de novembro de 2020.

Ministério reforçado

Sob Moro, o Ministério da Justiça ganhará o Coaf e CGU e ele teria autonomia para reformular a Polícia Federal, por exemplo.

Selfie com Moro

O general da reserva Augusto Heleno, futuro ministro da Defesa, ficou tão feliz com Sérgio Moro no governo Jair Bolsonaro, que já sabe o que fazer quando for apresentad­o a ele: “Vou fazer uma selfie”.

Memória curta

Críticos de Sérgio Moro no Ministério da Justiça mal escondem a militância e demonstram convenient­e memória curta. Ele deu a primeira sentença de Lula, mas depois todos os demais tribunais do País, do TRF-4 ao STF, passando pelo STJ, confirmara­m a condenação.

Moro não estava só

Sérgio Moro certamente fará falta à Lava Jato, mas ele não estava só na luta conta os ladrões de dinheiro público. Além dele próprio e de um exército de procurador­es e policiais, 14 juízes participam da operação.

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