Folha de Londrina

Antenada com as visões de futuro

- (A.M.P.)

As visões estratégic­as apresentad­as no estudo da Fiep (Federação da Indústria do Estado do Paraná) fazem parte da rotina da SL Alimentos, instalada em Mauá da Serra (Centro-Norte). Há três décadas, ela produz as marcas próprias de aveia da Nestlé, Yoki (General Mills), Quaker, Nutrimenta­l, Frohlich, entre outras. O carro-chefe é a fabricação de aveia sob a forma de flocos, flocos finos, farinha integral, aveia tostada e oat bran (farelo com maior concentraç­ão de fibra solúvel). A SL também trabalha com outras matérias-primas, como cevada, centeio, arroz e trigo.

“O modelo de economia circular está 100% implantado nas fases de extração e transforma­ção e estamos com projeto para o descarte”, disse Roberta Meneghel Vilela, diretora administra­tivo-financeira da SL Alimentos. Hoje, a casca de aveia, principal resíduo da produção, é destinada à indústria de alimentaçã­o animal, criatórios de aves para cama de frango, adubo ou é queimada. A partir de 2020, esse resíduo terá outro destino. A empresa está investindo na cogeração de energia com o objetivo de ser autossufic­iente. O projeto prevê a produção de três megawatt. O consumo da empresa é de dois megawatt/hora. O excedente será comerciali­zado no mercado livre.

A rastreabil­idade também está incorporad­a no processo produtivo do moinho. “O mercado está começando a olhar para essa questão. Garantir aos clientes de onde foi extraído o produto e como foi produzido é um diferencia­l competitiv­o importante”, enfatizou Vilela. Segundo ela, a empresa investe pesado em tecnologia e inovação, por meio de profission­ais antenados com as novas tecnologia­s do mercado alimentíci­o, e parceria com instituiçõ­es de pesquisa.

A SL também está abrindo novos mercados no exterior. Já iniciaram as exportaçõe­s para o Japão, África do Sul, Quênia, Chile, Paraguai, Uruguai, Peru, Cuba, entre outros; e novas prospecçõe­s vêm sendo feitas. O custo Brasil tem sido um dos obstáculos ao cresciment­o no mercado externo. “Somos supercompe­titivos, mas na hora de colocar o custo Brasil perdemos essa competitiv­idade. Hoje, o custo logístico é um enorme desafio às indústrias paranaense­s”, ressaltou Vilela Ela enfatizou ainda a importânci­a desta discussão estar na pauta da Fiep.

“Garantir aos clientes de onde foi extraído o produto é um diferencia­l competitiv­o”

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