AVENIDA PARANÁ
Infelizmente, muitas universidades públicas têm ficado cada vez mais parecidas com grandes mocós
Nos próximos dias, a nossa querida Universidade Estadual de Londrina, inspirada pelo exemplo da cidade e do país, tem uma chance de ouro para começar a se libertar do domínio esquerdista que tanto mal lhe fez nos últimos anos. Amanhã e quarta-feira realizam-se as eleições para o Diretório Central dos Estudantes (DCE), órgão representativo dos alunos da instituição. Concorrem três chapas: duas de esquerda, uma de direita. Em caso de vitória dos esquerdistas, a UEL continuará na mesma, ou seja, descendo a ladeira. Em caso de vitória da chapa liberal-conservadora, acendem-se as luzes de uma esperança no Perobal.
Nos últimos anos, sempre que passo pela frente da sede do DCE, na esquina das ruas Hugo Cabral e Piauí, tenho a impressão de que o local vem progressivamente se transformando em um mocó, tamanha é a sujeira, a feiura e o desamparo que vemos por ali. Infelizmente, muitas universidades públicas brasileiras têm ficado cada vez mais parecidas com grandes mocós, onde se produz caos em lugar de conhecimento, vício em lugar de sabedoria, gritaria em lugar de diálogo. Quando vejo a sede do DCE, lembro-me do romance “A Algaravia”, de Jorge Semprún, em que o autor imagina como seria Paris dominada pelos extremistas de esquerda, caso o movimento de maio de 1968 houvesse derrubado o governo de Charles de Gaulle.
Felizmente, em algumas universidades vêm surgindo movimentos que pretendem retomar o espaço sequestrado pelos radicais de esquerda. Na UEL, um grupo de alunos corajosos defende a abertura da UEL à comunidade, o diálogo civilizado com o governo e a prioridade absoluta ao objetivo máximo de uma instituição universitária: a produção de conhecimento por meio do tripé ensino-pesquisa-extensão.
Acredito que, diferentemente do que ocorre em outros campi, a maioria dos estudantes, professores e funcionários da UEL quer uma instituição voltada para os seus princípios fundadores. Eles sabem que a UEL nasceu da união entre a comunidade londrinense, e nessa união reencontrará o seu destino manifesto.
Não é - e nunca foi - a vocação da UEL transformar-se em um quartel-general de partidos políticos, em um valhacouto de extremistas inimigos da democracia, em um centro reprodutor de slogans macaqueados do companheiro Stálin desde os anos 30. Xingar de “fascistas” todos aqueles que se opõem ao projeto de poder da esquerda - no caso de nossa cidade, 80% da população - é mais que uma mentira; quando se vale da estrutura de uma instituição pública, financiada com recursos da população, a mentira se torna uma irresponsabilidade criminosa.
Na última eleição, a extrema-esquerda conseguiu manter-se no DCE graças à estranha impugnação de urna no centro mais conservador da Universidade. Mas agora, se tudo correr bem, a maioria silenciosa da comunidade estudantil tem a chance de recomeçar a escrever a história da UEL, fazendo-a voltar a ser aquilo que mais desejamos: um motivo de orgulho para Londrina, o Paraná e o Brasil. Uma UEL livre, livre enfim!
Nas eleições para o DCE, universidade tem uma chance de ouro para começar a se libertar de esquerda