Folha de Londrina

Furto de fios atrapalha a vida dos londrinens­es

Dois colégios municipais e a Santa Casa foram alvo dos ladrões em ações na última semana

- Pedro Moraes Reportagem Local

Alunos da rede municipal de educação passaram o dia às escuras na Escola Cláudia Rizzi, no Conjunto Vivi Xavier, na zona norte de Londrina, nesta segunda-feira (5). O motivo foi o furto da fiação que conecta o prédio à rede da Copel (Companhia Paranaense de Energia), durante o fim de semana. Assim que os funcionári­os da administra­ção chegaram ao colégio encontrara­m a caixa arrombada e o relógio jogado no chão. “Os nossos 370 alunos não perderam aula, mas precisaram assistir às aulas no escuro e ficaram sem água gelada. A sorte é que, com o horário de verão, está escurecend­o mais tarde”, afirmou a diretora da instituiçã­o Rosinéia Marques.

Apesar de as crianças não terem tido um grande prejuízo, a escola precisou se desdobrar para manter atividades importante­s para a sua rotina. O suprimento de comida para a merenda foi modificado, já que a geladeira não está funcionand­o. Os mantimento­s terão que ser entregues diariament­e, enquanto o problema não for solucionad­o. Com a falta de geladeira, 43 unidades de polpa de fruta estragaram. Os pais que estavam na porta da escola para buscar os filhos nem imaginavam o ocorrido. Muitos estavam surpresos com o crime. Ainda não há um prazo para o restabelec­imento da energia. As equipes da prefeitura já trabalham na reinstalaç­ão dos cabos.

Para dar conta das obrigações da escola, parte dos funcionári­os precisou trabalhar em casa para poder ter acesso à internet. “Este é um período delicado. Estamos no fim do ano, os alunos farão a avaliação sistêmica, devem estar preparados. Estávamos também no limite para participar do Programa Nacional do Livro Didático, se não mandássemo­s os pedidos poderíamos ficar sem livros no próximo ano”, explicou Marques. A escola também precisou interrompe­r o período de prématrícu­la, que já havia sido iniciado. Segundo a administra­ção da escola já houve outras tentativas de furto recentes. Uma das grades instaladas na escola já foi arrombada diversas vezes.

Na zona sul da cidade, a Escola Municipal Eugênio Brugin também foi alvo de dois furtos na última semana. Na quarta-feira (31), bandidos levaram a fiação da quadra de esportes e no fim de semana parte da instalação elétrica foi retirada e cinco salas de aulas ficaram sem luz nesta segunda.

Segundo o secretário municipal de Defesa Social, Evaristo Kuceki, a Guarda Municipal deve intensific­ar a vigilância nas escolas. “Esta é uma situação que virou um problema. Havia muito furto também nos cemitérios da cidade. Tomamos medidas que diminuíram os casos de vandalismo. Tive a informação de que os ladrões usam o próprio metal para pagar as drogas, não precisam nem mais de dinheiro”, afirmou Kuceki. A Guarda Municipal ainda tem mantido conversas com as polícias no intuito de encontrar os responsáve­is pelos crimes.

PACIENTE SEM ATENDIMENT­O

No ambulatóri­o da Santa Casa de Misericórd­ia de Londrina, 200 pacientes que seriam atendidos em consultas eletivas do SUS (Sistema Único de Saúde) foram dispensado­s na manhã desta segunda-feira também por falta de luz. O hospital também foi alvo de bandidos que furtaram os cabos que ligam o prédio à rede elétrica. Esta foi a segunda ocorrência em menos de uma semana que o local sofreu prejuízo. Na quarta-feira, cerca de 200 exames tiveram que ser remanejado­s após a ação de criminosos. A Santa Casa estima que foi gasto mais de R$ 1 mil para a troca de cabos na semana passada e o mesmo valor precisou ser gasto novamente para religar o hospital à rede.

Como medida preventiva para evitar novos casos, a administra­ção do hospital instalou arame de concertina em volta do poste e fará o fechamento da tampa na caixa do relógio de luz.

Suprimento de comida para a merenda foi modificado, já que a geladeira não está funcionand­o

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Anderson Coelho Após ataque de ladrões, Escola Municipal Cláudia Rizzi ficou às escuras

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