Detidas no caso Daniel prestam depoimento à polícia
Curitiba - A Polícia Civil do Paraná ouviu na tarde desta segunda-feira (5) Cristiana Rodrigues Brittes, 35, e Allana Brittes, 18, suspeitas de envolvimento na morte do jogador de futebol Daniel Corrêa Freitas, 24, encontrado morto no dia 27 em uma estrada na área rural de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.
Principal suspeito de assassinar Freitas após uma festa na casa da família na madrugada do dia 27, o empresário Edison Brittes Júnior, 38, teve o depoimento adiado. A previsão é que ele seja ouvido nesta terça (6) ou na quarta-feira (7). Ele confessou ter matado o jogador.
As versões da esposa e da filha de Brittes sobre o que aconteceu no dia do crime serão esclarecidas em uma coletiva de imprensa do delegado Amadeu Trevisan na manhã deste terça-feira.
Também estiveram na Delegacia de São José dos Pinhais os advogados de David Silva, 18, Igor King, 20, e Eduardo da Silva, 19, primo de Cristiana. Eles se colocaram à disposição da polícia voluntariamente. Segundo os advogados, os três estavam na residência na manhã de sábado e acompanharam Brittes no carro em que o jogador teria sido levado até o local em que o corpo foi encontrado, na estrada do Mergulhão. Eles negam participação no assassinato.
Eduardo da Silva, que mora em Foz do Iguaçu, no Oeste do Estado, teve sua apresentação remarcada para a tarde desta quinta-feira (8). Ele esteve na delegacia nesta segunda.
Segundo a defesa dos Brittes, Cristiana sustenta que o jogador tentou estuprá-la no quarto do casal. Após gritar por socorro, a porta teria sido arrombada por Edison. O empresário teria, então, agredido Freitas junto com outros convidados.
Segundo a defesa de David Silva e Igor King, que estavam no carro em que o jogador teria sido levado até a estrada, a intenção seria abandoná-lo nu para puni-lo pela suposta tentativa de estupro. No caminho, Edison teria visto mensagens de celular, enviadas por Freitas a um amigo, em que o jogador sugeria ter tido relações sexuais com Cristiana. Isso teria motivado o homicídio.
De acordo com a defesa, Cristiana e Allana foram detidas porque a Justiça considerou que elas poderiam interferir na investigação do crime.
Uma testemunha afirmou que elas teriam tentado alinhar depoimentos com os presentes à festa, na qual se celebrava o aniversário de 18 anos de Allana após uma primeira comemoração em uma casa noturna na noite anterior. Segundo a defesa dos Brittes, havia nove pessoas na casa.
Empresário que confessou assassinato teve oitiva adiada