Folha de Londrina

Desemprego cai, mas a informalid­ade avança

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O cresciment­o da mão de obra informal a níveis recordes empurrou a taxa de desemprego brasileira para 11,9% no terceiro trimestre, ante 12,4% de abril a junho, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatístic­a) na semana passada.

A população ocupada aumentou em 1,5% no período, somando 92,6 milhões de brasileiro­s. O número de desocupado­s caiu 3,7%, para 12,5 milhões de pessoas. Comparando o terceiro trimestre deste ano com o mesmo período de 2017, observa-se que 1,3 milhão a mais de pessoas estão trabalhand­o. Desses, de acordo com o IBGE, 601 mil vieram sem carteira e outros 581 mil eram conta própria.

Apesar do aumento da população ocupada no período analisado, o número de trabalhado­res na informalid­ade, contando funcionári­os do setor privado sem carteira e por conta própria, supera o de empregados formais. O total de empregados com carteira assinada se manteve praticamen­te estável na comparação com o trimestre anterior.

Mesmo com a melhora no contingent­e de ocupados, o volume de mão de obra subutiliza­da - desemprega­dos, pessoas que gostariam de trabalhar mais e

desalentad­os - permaneceu estável em 27,3 milhões na comparação com o trimestre anterior. Na comparação com o mesmo período de 2017, houve aumento de 2,1%.

De acordo com analistas, há sinais de aceleração na criação de postos de trabalho no segundo semestre do ano e de retorno de pessoas à PEA (População Economicam­ente Ativa), a partir de um contexto de menos incertezas com definições políticas no País e sinais de avanço na economia.

Especialis­tas apontam também que o próximo governo deverá olhar não apenas para os 12,5 milhões de desemprega­dos no Brasil, mas também para os 27 milhões de pessoas subutiliza­das.

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