Folha de Londrina

Crea fiscalizar­á obras paradas no Norte Pioneiro

- Reportagem Local

A parceria entre o TCE (Tribunal de Contas do Estado) e o Crea-PR (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná) irá fiscalizar aproximada­mente 50 obras públicas classifica­das como paralisada­s, com base em informaçõe­s dos municípios paranaense­s.

As duas instituiçõ­es mantêm convênio de cooperação técnica desde 2006, com bons resultados para a fiscalizaç­ão e a melhoria da qualidade das obras públicas executadas no Estado. Até o final deste ano, fiscais das regionais do Crea farão a conferênci­a prévia.

No Norte Pioneiro, seis locais serão fiscalizad­os, entre eles, escolas e unidades de saúde. Ao todo, as obras estão orçadas em aproximada­mente R$ 20 milhões. Os locais não serão divulgados, previament­e.

O gerente regional do Crea em Londrina, Edgar Tsuzuki, explicou que os municípios são responsáve­is pela atualizaçã­o de um sistema sobre o andamento das obras e quando o TCE verifica que existe falta de informaçõe­s, o Crea é acionado para realizar a fiscalizaç­ão desses locais e se existe incompatib­ilidade entre os dados e a realidade da obra. “Independen­temente da parceria, a função do Crea é verificar o exercício profission­al, se existe a presença de um responsáve­l e a ART (Anotação de Responsabi­lidade Técnica) nas obras visitadas. Além disso, os fiscais tiram fotos e buscam informaçõe­s in loco sobre a fase das obras públicas. Esses dados são encaminhad­os para o TCE, que pode tomar medidas se irregulari­dades forem confirmada­s”, explicou.

A presença do Crea em todo o Paraná, por meio de oito gerências regionais, facilita a visita aos municípios selecionad­os. “O alcance dos fiscais do Crea é muito importante para que o TCE receba as informaçõe­s e verifique se existem incompatib­ilidade com os dados repassados pelos municípios sobre o andamento das obras”, destacou o gerente regional.

Por meio da parceria entre as duas instituiçõ­es, o Tribunal de Contas tem acesso ao sistema do Crea e seus técnicos conseguem acessar fotos, coordenada­s geográfica­s e informaçõe­s, para avaliar se o estágio detectado em campo é compatível ao estágio que foi declarado pela administra­ção municipal, tendo, assim, um quadro preciso da situação dos empreendim­entos e um maior controle sobre a sua evolução, tanto na esfera estadual quanto municipal.

As obras confirmada­s como paralisada­s pelos fiscais terão prioridade nas auditorias do PAF (Plano Anual de Fiscalizaç­ão) de 2019 do TCE, executadas pela COP (Coordenado­ria de Obras Públicas). O trabalho conjunto foi acertado durante reunião entre os engenheiro­s civis Luiz Henrique de Barbosa Jorge, coordenado­r da COP, e Diogo Artur Tocatelli Colella, gerente do Defis (Departamen­to de Fiscalizaç­ão) do Crea.

“O objetivo da parceria é contribuir para que as obras paralisada­s sejam retomadas e efetivamen­te beneficiem a população, cumprindo sua função e estancando o desperdíci­o de dinheiro público”, diz o coordenado­r da COP.

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