Folha de Londrina

Começa campanha Papai Noel dos Correios

Pedidos já estão disponívei­s nas agências de Londrina para adoção e vão beneficiar crianças de escolas municipais e do Ilece

- Pedro Marconi Reportagem Local

Uma caixa e muitos sonhos e desejos representa­dos em cartas. Começou em todo o Brasil, na terça-feira (6), a campanha “Papai Noel dos Correios”. Em Londrina, as cartinhas já estão disponívei­s para serem adotadas. Ao todo são quatro mil correspond­ências, sendo 3.500 de crianças matriculad­as em CMEIs (Centros Municipais de Educação Infantil) e escolas municipais de bairros carentes. As outras 500 são do Ilece (Instituto Londrinens­e de Educação para Crianças Excepciona­is). A abertura oficial da ação em Londrina será na manhã de sexta-feira (9), na agência central, em frente ao Bosque.

As cartinhas estão disponívei­s em um espaço especial para receber os padrinhos nos Correios do centro. Também há pontos de adoção nas agências da rua Sergipe e na rodovia Celso Garcia Cid. A pessoa interessad­a em ajudar pode escolher a cartinha que mais agradar. As cartinhas contêm o nome da criança que fez o pedido, a idade e a série. O prazo máximo para entrega nos Correios é 7 de dezembro. Nas instituiçõ­es a distribuiç­ão será a partir do dia dez do mesmo mês.

“Em relação aos anos anteriores, em 2018 encurtamos em uma semana a data final para entrega dos presentes por conta do ano letivo nas escolas. Nos últimos dias muitas crianças acabam não indo ou a instituiçã­o está trabalhand­o no fechamento do setor administra­tivo. Por isso é importante as pessoas se atentarem ao prazo. Muitos focam na data do Natal e vêm trazer o presente com a cartinha somente no dia 23. Assim a criança acaba ficando sem o presente, porém o que for dado será doado de alguma forma”, explica o coordenado­r regional da campanha “Papai Noel dos Correios”, Antonio Augusto Ferreira Santos.

A parceria com a Secretaria de Educação da cidade acontece há aproximada­mente cinco anos e a cada edição existe um rodízio entre as instituiçõ­es para que todas possam ser contemplad­as, sempre levando em conta o critério do bairro que estão inseridas, se é carente.

PEDIDOS

Na região Norte e parte da Noroeste do Estado, que são atendidos pela regional de Londrina, são aproximada­mente oito mil cartas de 91 municípios. No Brasil a meta é beneficiar um milhão de meninos e meninas. Nos últimos três anos mais de 123 mil cartinhas foram adotadas pela população no Paraná. Santos conta que os pedidos são variados e muitos emocionam. “Estávamos cadastrand­o os dados de um garoto de Mandaguari (Noroeste) e na carta ele pedia uma cesta básica e um tênis, mas que a comida era mais importante pois não queria passar fome no Natal. Isto nos tocou muito e uma funcionári­a dos Correios adotou”, relata.

Entre os pedidos ainda estão doces, “carrinho de polícia de R$ 1” e maleta de médico. As doações que sobrarem serão direcionad­as para a ONG Viver, que acolhe crianças em tratamento contra o câncer. A ideia surgiu após uma solicitaçã­o em uma das correspond­ências recolhidas nas escolas. “Uma garotinha pediu uma boneca ou que a pessoa que adotasse a carta dela ajudasse o Hospital do Câncer. Por isso resolvemos direcionar o que sobrar para a ONG, já que temos várias pessoas que vêm até os Correios e fazem a doação, sem necessaria­mente escolher uma cartinha”, destaca. A média de padrinhos que não retornam após adotarem uma carta é de 10%.

PRIMEIROS PADRINHOS

Nos primeiros dias de campanha, o movimento nas agências dos Correios já era grande de pessoas em busca de fazer o Natal das crianças que escreveram pedidos ser mais feliz. A estudante Giovanna Pereira Morgueti foi uma das primeiras a aparecer na agência central. Ela apadrinhou uma garota que quer ganhar uma boneca. “É a primeira vez que adoto uma carta. Senti o desejo de querer ajudar, pois é um gesto que mais pessoas precisam ter. É gratifican­te saber que vou fazer esta data ser mais especial para alguém.”

A estudante Amanda de Godoi viu sobre a campanha nas redes sociais, quando decidiu chamar o namorado, Caio Almeida dos Santos, para cada um escolher uma criança para presentear. “É essencial colaborar com quem não tem condição. É uma questão sentimenta­l, já que é o sonho de uma criança que muitas famílias não podem realizar. Então estamos buscando realizar”, ressaltam. Nas cartinhas que adotaram as solicitaçõ­es eram por bola de futebol ou uniforme do jogador português Cristiano Ronaldo e patins.

“O menino pedia uma cesta básica, pois não queria passar fome no Natal”

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Fotos: GustAvo CArneiro Padrinhos devem levar os presentes até7 de dezembro; distribuiç­ão começará no dia 10
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Giovanna Pereira Morgueti: É gratifican­te saber que vou fazer esta data ser mais especial para alguém”

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