Tempo de espera é alvo de críticas
Tempo de espera é um dos problemas elencados por pacientes que dependem da saúde pública. Na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Jardim do Sol, na zona oeste de Londrina, a faxineira Marina Silveira esperou por quase oito horas para ser atendida. “É constrangedor o tempo que estou aqui, demora muito o atendimento”, reclamou. Sem plano de saúde, Silveira relata que quando precisa de consultas com especialistas a situação é pior. “Fiquei esperando cinco anos para consultar com um reumatologista. Consultei, agora faz um ano que espero para retornar”, contou.
O estudante Matheus Reis destacou que a avó, Marli Antônia Silva, foi diagnosticada erroneamente por um médico do SUS (Sistema Único de Saúde). “Falaram que era labirintite e era problema de pressão arterial. Ela tomou o medicamento errado por um tempo”, asseverou. Segundo ele, o principal problema da saúde pública é a gestão. “Eu mesmo pedi uma consulta com um cardiologista no ano passado e até hoje não tive resposta”, afirmou.
Wellinton Silva é autônomo e não tem condições financeiras para pagar um plano de saúde. Esperando por horas no UPA, Silva acredita que a principal falha na saúde pública é “a falta de atenção com os pacientes”. “Acho que falta prioridade para a saúde, se alguém quisesse faria “, opinou.
Os problemas na rede de assistência também foram citados pelo pedreiro Marcos Antônio Solera. Para ele, a morosidade no atendimento é o ponto nevrálgico de quem depende do SUS. “Você vem aqui e já está ruim, aí eles dão um ‘chá de cadeira’”, disse.
Já o pintor Guinaldo Silva contrapôs supostas falhas no atendimento básico. “Não tem demorado muito. Estou aguardando o ortopedista porque quebrei o dedo enquanto trabalhava”, contou.