Folha de Londrina

Tempo de espera é alvo de críticas

- Isabela Fleischman­n Reportagem Local

Tempo de espera é um dos problemas elencados por pacientes que dependem da saúde pública. Na UPA (Unidade de Pronto Atendiment­o) do Jardim do Sol, na zona oeste de Londrina, a faxineira Marina Silveira esperou por quase oito horas para ser atendida. “É constrange­dor o tempo que estou aqui, demora muito o atendiment­o”, reclamou. Sem plano de saúde, Silveira relata que quando precisa de consultas com especialis­tas a situação é pior. “Fiquei esperando cinco anos para consultar com um reumatolog­ista. Consultei, agora faz um ano que espero para retornar”, contou.

O estudante Matheus Reis destacou que a avó, Marli Antônia Silva, foi diagnostic­ada erroneamen­te por um médico do SUS (Sistema Único de Saúde). “Falaram que era labirintit­e e era problema de pressão arterial. Ela tomou o medicament­o errado por um tempo”, asseverou. Segundo ele, o principal problema da saúde pública é a gestão. “Eu mesmo pedi uma consulta com um cardiologi­sta no ano passado e até hoje não tive resposta”, afirmou.

Wellinton Silva é autônomo e não tem condições financeira­s para pagar um plano de saúde. Esperando por horas no UPA, Silva acredita que a principal falha na saúde pública é “a falta de atenção com os pacientes”. “Acho que falta prioridade para a saúde, se alguém quisesse faria “, opinou.

Os problemas na rede de assistênci­a também foram citados pelo pedreiro Marcos Antônio Solera. Para ele, a morosidade no atendiment­o é o ponto nevrálgico de quem depende do SUS. “Você vem aqui e já está ruim, aí eles dão um ‘chá de cadeira’”, disse.

Já o pintor Guinaldo Silva contrapôs supostas falhas no atendiment­o básico. “Não tem demorado muito. Estou aguardando o ortopedist­a porque quebrei o dedo enquanto trabalhava”, contou.

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