Varejo perde ritmo e fecha negativo em setembro
Preços dos combustíveis e alimentos puxaram queda de 1,3% no volume de vendas do comércio, segundo o IBGE
Rio de Janeiro -
Seis entre as oito atividades do varejo registram perdas em setembro ante agosto, segundo os dados da Pesquisa Mensal de Comércio divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O recuo de 1,3% no volume de vendas do comércio varejista no período foi puxado pelos setores de Combustíveis e lubrificantes (-2,0%), Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-1,2%), e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-1,0%).
“Não há a menor dúvida, teve uma perda de ritmo no varejo em setembro”, disse Isabella Nunes, gerente da Pesquisa Mensal de Comércio. Segundo a pesquisadora, os aumentos nos preços dos combustíveis e dos alimentos detectados pela inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em setembro impactaram as vendas dos supermercados e dos postos de combustíveis. As duas atividades respondem juntas por 62,4% do varejo. “Essas são as duas principais atividades com pressão maior de inflação”, lembrou.
As demais perdas ocorreram em Livros, jornais, revistas e papelaria (-1,0%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (-0,4%) e Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-0,2%).
Na direção oposta, houve crescimento em Móveis e eletrodomésticos (2,0%) e Tecidos, vestuário e calçados (0,6%). “Isso guarda alguma relação com a melhora na taxa de juros. Embora esteja bastante distante de 2014, ela mantém o recuo”, justificou Isabella Nunes.
Quanto ao comércio varejista ampliado, que inclui as atividades de veículos e material de construção, o volume de vendas caiu 1,5% em setembro ante agosto. As vendas de Veículos, motos, partes e peças tiveram ligeira queda de 0,1%, enquanto Material de construção teve redução de 1,7%.
PARANÁ
O varejo paranaense cresceu 5,83% no acumulado do terceiro trimestre. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, registra alta de 3,88%. Os dados são da Pesquisa Conjuntural apurada pela Fecomércio PR (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná).
Os melhores resultados do mês de setembro em relação ao mesmo mês de 2017 foram obtidos pelas concessionárias de veículos (26,68%), óticas, cine-fotosom (19,82%), autopeças (9,75%) e pelas lojas de departamentos (7,34%). No acumulado do ano os destaques são os setores de veículos (31,63%), materiais de construção (12,48%) e lojas de departamentos (5,69%).
Na comparação com agosto, as vendas de setembro foram 8,78% menores, situação já esperada, uma vez que o Dia dos Pais trouxe movimento adicional para o varejo no mês anterior.
Entre as seis regiões pesquisadas pela Fecomércio PR, Maringá apresentou a maior elevação nas vendas no comparativo com setembro de 2017, com crescimento de 8,11%. Na sequência está a região Oeste (5,69%), Londrina (4,18%), Curitiba e Região Metropolitana (2,65%) e Ponta Grossa (1,02%). Apenas o Sudoeste teve resultado negativo, com queda de 10,08% no faturamento do comércio.
No acumulado do ano, a região Oeste continua se sobressaindo, com alta de 15,63% em relação ao mesmo período do ano passado. Londrina acumula crescimento de 8,63%; Maringá, de 4,2% e Curitiba e RM, 2,68%. O varejo de Ponta Grossa se manteve estável, com 0,16%, e a região Sudoeste teve redução de 3,63%. (com Reportagem
Local)
Varejo paranaense cresceu 3,88% no mês, segundo Fecomércio PR