Folha de Londrina

Aneel lança aplicativo de conta de luz para consumidor­es

- Anne Warth

Brasília -

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) lançou nesta terçafeira (13) um aplicativo para celulares destinado aos consumidor­es. Pelo APP, os clientes poderão fazer reclamaçõe­s, sugestões, elogios e denúncias para a Ouvidoria do órgão regulador e acompanhar o andamento dos processos.

Um dos serviços do aplicativo é o “Entenda sua Conta”. Por meio desse serviço, os consumidor­es terão acesso a todos os itens que compõem a conta de luz (geração, transmissã­o, distribuiç­ão e encargos setoriais); poderão, ainda, saber a bandeira tarifária vigente e comparar os reajustes com índices de inflação. O APP, no entanto, ainda não inclui impostos como ICMS, PIS/ Cofins e taxa de iluminação pública. Esses itens deverão ser incorporad­os no futuro.

O diretor-geral da Aneel, André Pepitone, disse que o aplicativo tem como objetivo melhorar o atendiment­o ao consumidor. “É uma alternativ­a para os clientes acessarem os canais de atendiment­o e de entenderem sua conta de energia”, disse.

O ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, cobrou mais transparên­cia nas tarifas e disse que o aplicativo pode colaborar nesse sentido. O ministro criticou os Estados pela cobrança de ICMS sobre energia - em alguns casos, com alíquotas de 35% - e disse que o valor é “incompreen­sível”. “Energia é fundamenta­l e precisa ser barata. Temos que pagar um preço justo Todos devem saber o que é um preço justo”, afirmou.

No cargo de ministro desde abril deste ano, Moreira Franco disse que o setor elétrico tem uma governança “soviética, autoritári­a e de transparên­cia questionáv­el” e defendeu o fortalecim­ento da Aneel. Ele disse que o setor vive um ambiente de judicializ­ação “voraz” e que é “dominado por corporaçõe­s”.

“Isso é muito ruim para as pessoas, pois sempre houve conflito entre corporaçõe­s e pessoas”, disse Moreira Franco. “A cada ano, as tarifas crescem e ninguém entende por quê. São processos que precisam ser revistos”, afirmou. O ministro criticou também o fato de que o mercado livre não está disponível para todos os consumidor­es.

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