Folha de Londrina

E foi o ‘pai’ de os super-heróis

- Reportagem Local

movimentar­ão bilhões de dólares no universo do entretenim­ento e ele se tornou ainda mais conhecido porque, como o mestre do suspense, Alfred Hitchcock, adorava fazer pontas nos filmes de seus super-heróis, mas aí não era mais Stanley - era Stan.

No recente Pantera Negra, fazia o apostador que interagia com T’Challa no cassino em que o herói tentava capturar Ulysses Klaw. Sua influência cresceu quando, no fim dos anos 1950, os super-heróis andavam em baixa e a DC Comics lhes deu vida nova. Com carta branca do edi- tor da Marvel, Martin Goodman, criou um novo time de super-heróis. Mas é preciso contextual­izar. Estava batendo nos 40, cansado de criar estereotip­ados.

Sua mulher, Joan - com quem foi casado de 1947 a 2017, e a morte dela, no ano passado, produziu-lhe um baque -, incentivou-o a criar heróis mais verdadeiro­s, com a cara dele. Stan Lee iniciou uma revolução na Marvel.

Os críticos discutem o real significad­o de tantos superpoder­es. Acusam Stan Lee de metaforiza­r o poderio norteameri­cano e de haver transforma­do o universo do cinema num imenso parque temático regado a efeitos.

Seria o responsáve­l pela infantiliz­ação da cultura pop no início do terceiro milênio. Ele próprio nunca levou a sério essas acusações. Dizia que, como leitor de ficção científica, sempre gostou de imaginar outros mundos, outras possibilid­ades. Seus super-heróis tendem a proteger os humanos, a Terra, a democracia. Originaram filmes grandes e, por que não?, alguns grandes filmes. A Comic Con, em dezembro, terá de fazer-lhe justiça.

Qual a coisa mais importante e urgente que você tem para dizer hoje às pessoas no mundo em que você vive? A partir desta pergunta os formandos do curso de Artes Cênicas da Universida­de Estadual de Londrina (UEL) deram início ao processo criativo que resultou no espetáculo ‘Meu Nome é Legião’. A montagem está em cartaz na Divisão de Artes Cênicas da UEL nesta quarta-feira (14) e quinta-feira (15), às 20h30.

Partindo de textos provocativ­os do filósofo francês Michel Serres e do dramaturgo Antonin Artaud (18961948), os alunos estetizam e poetizam suas questões dentro do universo da dramaturgi­a do corpo. Com suas presenças, seus movimentos, suas palavras, eles apresentam ao público questões da atualidade política e subjetiva dos nossos tempos, como questões de raça, gênero, espiritual­idade, solidão, medicaliza­ção da sensibilid­ade.

Durante a concepção do espetáculo os alunos mergulhara­m no universo do desejo, da comunhão e da violência, entendendo que estas três instâncias não se opõem nem muito menos se anulam. O espetáculo mostra que para que o desejo se concretize, deve existir certa dose de violência, de risco, de incêndio queimando o velho e abrindo caminhos.

Com estética visual urbana e industrial, baseada na street art, e a música eletrônica composta especialme­nte para o espetáculo, “Meu Nome é Legião” convida o público a refletir sobre a atualidade, abraçar o momento presente e reconhecer a capacidade de transforma­ção que cada um de nós, e todos nós juntos, temos em nossas mãos.

O elenco é formado pelos estudantes Amanda Moura , Erick Santos , Guilherme Garrote , Maria Julia Esteves e Patrícia Caires. A direção, concepção e roteiro é assinado por Sandra Parra.

Leonardo Alves é responsáve­l pela iluminação. Na sonoplasti­a, Nathalia Diovanna e Victoria Lucas, com orientação de Alexandre Ficagna. A realização é do Departamen­to de Música e Teatro - Graduação em Artes Cênicas - CECA/UEL e Casa de Cultura da UEL.

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Jaguar PS/ Shuttersto­ck
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Divulgação Meu Nome é Legião’: em cartaz nesta quarta (14) e quinta-feira (15) na Divisão de Artes Cênicas da UEL

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