Folha de Londrina

Câmara aprova projeto que revoga alta do IPTU

Entendimen­to da maioria dos vereadores é aprovar a matéria em primeira discussão, mas incluir emenda que permita “equilíbrio” nas finanças

- Vitor Struck Reportagem Local politica@folhadelon­drina.com.br

Com 13 votos favoráveis e seis contrários, a Câmara de Londrina aprovou projeto de lei de iniciativa popular que revoga a Planta Genérica de Valores, em vigor desde o final do ano passado e que causou aumento médio de 67% no IPTU. Apesar da aprovação em primeira discussão, vereadores devem apresentar emenda com redução da alíquota para atingir equilíbrio fiscal. Executivo prevê caos nas contas e quer reverter votação

Em mais uma sessão histórica - e tensa - a Câmara Municipal de Londrina acabou aprovando o projeto de lei de iniciativa popular que revoga a Planta Genérica de Valores (PGV) aprovada no final de 2017 e que causou um aumento no IPTU (Imposto Predial e Territoria­l Urbano) de até R$ 500 para 80% dos imóveis do município. Depois de quatro horas de sessão, em que gritos, vaias e palmas competiram com a discussão, o placar contou com 13 votos favoráveis ao projeto e seis contrários. Alguns considerad­os “surpresas”, uma vez que vieram de vereadores que foram favoráveis ao reajuste da PGV no ano passado, como Eduardo Tominaga (DEM), João Martins (PSL) e Pastor Gerson Araújo (PSDB), e além disso, até de correligio­nários do prefeito Marcelo Belinati (PP), como Aílton Nantes (PP) e Daniele Ziober (PP).

Votaram contra o PL nesta terça os vereadores Amauri Cardoso (PSDB), Estevão da Zona Sul (sem partido), Guilherme Belinati (PP), Jairo Tamura (PR), Jamil Janene (PP) e Péricles Deliberado­r (PSC).

O entendimen­to dentre os favoráveis ao projeto foi para que, uma vez aprovado em primeira discussão, uma emenda seja apresentad­a no intuito de se encontrar um equilíbrio entre demandas da administra­ção para os serviços públicos e o desejo de moradores de pagarem menos impostos. O vereador Felipe Prochet (PSD), representa­nte do PL na Casa, lembrou que alíquotas menores sobre os valores venais dos imóveis, entre 0,45% e 0,5%, já estavam sendo debatidas nas comissões específica­s e agora devem se concretiza­r em uma emenda ao projeto para a votação em segunda discussão.

Questionad­o sobre como fica o projeto de lei do Executivo que trata da regulament­ação da alíquota em 0,6% e que deve entrar em pauta na sessão desta quinta-feira (22), Prochet sustentou que deve também avançar. “Acho que ele vai continuar no trâmite normal, tanto é que tem que ser favorável porque não sabemos qual vai ser a votação do 112 (iniciativa popular), tocados paralelame­nte”, avaliou.

Entendimen­to, também, do presidente em exercício, Aílton Nantes, que lembrou ter apresentad­o uma indicação ao Executivo ao lado de outros vereadores para que se regulament­e o artigo 74 do código tributário. “Este artigo diz que o Executivo deve chamar in loco aquela pessoa que realmente não tem capacidade de pagar e fazer a análise através da Assistênci­a Social, por exemplo”, afirmou. Agora é concedido um prazo de sete dias úteis para a apresentaç­ão de uma emenda e após disso a votação em segunda discussão.

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 ?? Anderson Coelho ?? Como era previsto, um grande número de pessoas acompanhou a sessão desta terça, que teve vaias, gritos e bate-boca até a votação
Anderson Coelho Como era previsto, um grande número de pessoas acompanhou a sessão desta terça, que teve vaias, gritos e bate-boca até a votação
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