Folha de Londrina

Morte de policiais no Brasil

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Aexecução do soldado da Polícia Militar Wagner da Silva Prado, de 35 anos, no último sábado (17), em Londrina, traz novamente à pauta o alto índice de mortes de policiais no Brasil. Na edição desta terça-feira (20), a Folha de Londrina publicou reportagem com um dado muito preocupant­e: o País tem um policial (civil ou militar) assassinad­o por dia. No ano passado, 367 policiais foram mortos no Brasil. A informação é do Fórum Brasileiro de Segurança Pública com base em números repassados por órgãos de segurança pública do País e fazem parte do Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2018.

No Paraná, a situação também é preocupant­e. De acordo com a Sesp (Secretaria de Estado da Segurança Pública e Administra­ção Penitenciá­ria), 58 mortes de policiais militares foram registrada­s no Estado nos últimos anos: 22 em 2016, 19 no ano passado e 17 neste ano. As estatístic­as do anuário são diferentes das registrada­s pela Sesp e apontam para 12 mortes de policiais civis e militares no Estado em 2016, uma delas em Londrina, e nove em 2017.

Prado foi morto com dez tiros enquanto estava de folga, em frente a uma padaria da rua Roberto Conceição, no conjunto São Lourenço, na zona sul de Londrina. Em 2016, o PM Cristiano Bottino foi assassinad­o no final de janeiro em Londrina, crime que teria desencadea­do outras 11 mortes na sequência. As demais vítimas da chacina não eram policiais.

No final do mês passado, o coronel aposentado da PM, Valdir Copetti Neves, foi executado com mais de dez disparos de arma de fogo em Ponta Grossa, na região dos Campos Gerais. No início de setembro, o investigad­or da Polícia Civil, Jorge Brito, que atuava em Curitiba, foi baleado e morreu no Litoral. A Polícia Civil está apurando o assassinat­o de Prado e a corporação não revelou detalhes sobre a investigaç­ão.

A morte de policiais no Brasil é um fenômeno que reforça ainda mais o sentimento de inseguranç­a na sociedade e é inevitável que se questione as condições de trabalho desses profission­ais, levando em consideraç­ão equipament­os de segurança, salários e defasagem no efetivo.

Trezentos e sessenta e sete policiais assassinad­os em um ano. Um número muito alto e, levando em conta critérios internacio­nais, o País está diante de uma estatístic­a vergonhosa.

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