‘Convencidos pela pressão popular’
O embate entre apoiadores do projeto de iniciativa popular e manifestantes contrários começou antes mesmo do início da sessão. Em plenária, defensores da revogação até criticaram servidores e funcionários em cargos de comissão por não estarem trabalhando, enquanto, do lado de fora, muitas pessoas tentavam entrar mesmo com as orientações da segurança sobre a capacidade reduzida. Por conta disso, uma tenda foi montada do lado de fora da Câmara, e a sessão, transmitida pela internet.
Após a abertura das discussões, o vereador Tio Douglas (PTB) sugeriu a suspensão por 30 minutos para que fosse concedida a palavra a ambos os lados. Desta forma a sessão chegou a ser suspensa outras duas vezes antes da votação.
Um dos líderes dos movimentos populares que coletaram 30 mil assinaturas, o advogado e excandidato a prefeito e a deputado estadual André Trindade (PPS), avaliou que a simples aprovação seria muito negativa para a cidade e comemorou a vinda de uma emenda. Ao mesmo tempo, enalteceu a presença de moradores na Casa. “Os vereadores agora foram convencidos pela pressão popular, isso demonstra que quando a sociedade se organiza ela consegue levar à frente”, disse.
Também foi o caso da cabeleireira Rosimeire da Silva, moradora do Jardim Leonor (zona oeste) e que viu o IPTU saltar de cerca de R$ 300 para R$ 800, assim como o do imóvel de seu pai. “Em primeiro lugar quem paga os salários deles (os vereadores) somos nós, o povo. Muitas pessoas não têm condições mesmo de estar pagando esse IPTU, principalmente pessoas aposentadas, como meu pai”, avaliou.