Ruído na transição
Em cima do processo de transição, veio a costumeira notícia alertadora do Tribunal de Contas: despesas com pessoal no Paraná continuam afrontando o limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal. Não é um cartão vermelho, como diria Bolsonaro, mas amarelo como os inúmeros anteriores. A advertência é no sentido de que no primeiro quadrimestre já teriam alcançado os 90% do atual exercício no percentual de 49% orçamentários e que tudo se fizesse para evitar que não chegasse a 95%.
É um elemento bom para reflexões, segunda-feira (19) iniciadas no primeiro encontro das equipes de Cida e Ratinho em reunião em que este não esteve presente. Cartão amarelo Beto Richa vinha seguidamente recebendo, mas saía com a clássica explicação de que a nossa situação fiscal (o que é verdadeiro) figurava entre as melhores do país. Mas não era, tanto que cautelas vêm sendo adotadas pela gestão fazendária.
Esse tipo de revelação e outros que se seguirão nos encontros da transição obrigarão o estafe do futuro governo a ditar o ritmo das mudanças que anunciou, algumas das quais terão até que ser aceleradas e outras contidas a um cronograma ajustado.
Ainda agora a Secretaria do Tesouro Nacional revelou que em 14 unidades federativas mais o Distrito Federal gastos superam a arrecadação. O Paraná, no quadro divulgado na segunda-feira, foi um dos poucos que reduziram seus gastos em 6%, mas a arrecadação, com a campanha e tudo o mais, levou um tombo de 7%. Situação sensível que reclama higidez nos relatos sobre a situação que um transmitirá a outro.