MP pede novas investigações sobre Brites
Curitiba - O MPPR (Ministério Público do Paraná) pediu ao delegado responsável pelo inquérito sobre a morte do jogador Daniel Freitas que investigue o assassino confesso Edison Brittes por outras duas suspeitas de crimes independentes do caso.
A primeira está relacionada com um chip de celular encontrado com Brittes. O chip, que foi utilizado pelo empresário, pertencia a um homem que foi assassinado em 2016. Ele era suspeito de envolvimento com adulteração de carros roubados. O assassinato, que tem características de execução, nunca foi solucionado, e a localização do celular da vítima se tornou uma pista que poderia levar aos envolvidos. O promotor de Justiça João Milton Salles quer saber por que o chip estava com Brittes, informou a assessoria de imprensa do órgão.
A segunda suspeita a ser apurada relaciona o fato de Brittes ter em sua posse uma moto que está no nome de um condenado por tráfico de drogas e o fato de o investigado ter sido alvo de dois inquéritos sobre receptação. Os indícios poderiam indicar participação em organização criminosa.
O delegado Amadeu Trevisan, da Delegacia de São José dos Pinhais, recebeu o ofício do MP nesta segunda-feira (19). As investigações devem começar após a finalização do caso sobre o assassinato de Daniel. A previsão é que Trevisan conclua o inquérito ainda nesta semana. De acordo com a assessoria de comunicação da Polícia Civil do Paraná, o desfecho depende apenas da conclusão de laudos do IML (Instituto Médico Legal) e do Instituto de Criminalística. Não é descartada uma finalização ainda nesta quarta-feira (21).
PRISÕES
Sete suspeitos de participação no assassinato de Daniel estão presos preventivamente incluindo Edison Brittes, a esposa Cristiana e a filha Allana. A Justiça de São José dos Pinhais negou, nesta terça (20), um pedido de revogação da prisão de Cristiana Brittes. A defesa dela diz que “ofereceu embargos de declaração, pois o juiz não esgotou todos os argumentos defensivos”, e que, com isso, “não se tem ainda uma decisão que negue ou conceda a liberdade”.
Em entrevistas à imprensa, o promotor João Salles menciona também a necessidade de esclarecer a propriedade do veículo utilizado no assassinato de Daniel, registrado em nome de uma empresa, porém apontado como sendo de um policial afastado.