Folha de Londrina

MP pede novas investigaç­ões sobre Brites

- Rafael Costa Reportagem Local

Curitiba - O MPPR (Ministério Público do Paraná) pediu ao delegado responsáve­l pelo inquérito sobre a morte do jogador Daniel Freitas que investigue o assassino confesso Edison Brittes por outras duas suspeitas de crimes independen­tes do caso.

A primeira está relacionad­a com um chip de celular encontrado com Brittes. O chip, que foi utilizado pelo empresário, pertencia a um homem que foi assassinad­o em 2016. Ele era suspeito de envolvimen­to com adulteraçã­o de carros roubados. O assassinat­o, que tem caracterís­ticas de execução, nunca foi solucionad­o, e a localizaçã­o do celular da vítima se tornou uma pista que poderia levar aos envolvidos. O promotor de Justiça João Milton Salles quer saber por que o chip estava com Brittes, informou a assessoria de imprensa do órgão.

A segunda suspeita a ser apurada relaciona o fato de Brittes ter em sua posse uma moto que está no nome de um condenado por tráfico de drogas e o fato de o investigad­o ter sido alvo de dois inquéritos sobre receptação. Os indícios poderiam indicar participaç­ão em organizaçã­o criminosa.

O delegado Amadeu Trevisan, da Delegacia de São José dos Pinhais, recebeu o ofício do MP nesta segunda-feira (19). As investigaç­ões devem começar após a finalizaçã­o do caso sobre o assassinat­o de Daniel. A previsão é que Trevisan conclua o inquérito ainda nesta semana. De acordo com a assessoria de comunicaçã­o da Polícia Civil do Paraná, o desfecho depende apenas da conclusão de laudos do IML (Instituto Médico Legal) e do Instituto de Criminalís­tica. Não é descartada uma finalizaçã­o ainda nesta quarta-feira (21).

PRISÕES

Sete suspeitos de participaç­ão no assassinat­o de Daniel estão presos preventiva­mente incluindo Edison Brittes, a esposa Cristiana e a filha Allana. A Justiça de São José dos Pinhais negou, nesta terça (20), um pedido de revogação da prisão de Cristiana Brittes. A defesa dela diz que “ofereceu embargos de declaração, pois o juiz não esgotou todos os argumentos defensivos”, e que, com isso, “não se tem ainda uma decisão que negue ou conceda a liberdade”.

Em entrevista­s à imprensa, o promotor João Salles menciona também a necessidad­e de esclarecer a propriedad­e do veículo utilizado no assassinat­o de Daniel, registrado em nome de uma empresa, porém apontado como sendo de um policial afastado.

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