Folha de Londrina

México libera mais 26 plantas para exportação de frango

- Fábio Galiotto Reportagem Local

O Mapa (Ministério da Agricultur­a, Pecuária e Abastecime­nto) recebeu comunicado na segunda-feira (19) de que o México habilitou 26 novas plantas de exportação de carne de aves ao país da América do Norte, entre as quais algumas do Paraná. A medida representa um aumento de 130% no número de unidades, que passa a ser de 46.

De acordo com a assessoria de imprensa do Mapa, o órgão não divulgou a lista oficial de estabeleci­mentos porque ainda definirá quais plantas exportarão ao México, segundo o “critério de representa­tividade das empresas no parque industrial brasileiro”. “A expectativ­a é que a habilitaçã­o de novas plantas permita a retomada da tendência de ampliação nas exportaçõe­s brasileira­s de carne de frango para o México”, comentou o secretário de Relações Internacio­nais do Agronegóci­o do Mapa, Odilson Silva.

Contudo, a expectativ­a é que o Paraná, maior produtor de carne de frango do Brasil, esteja entre os beneficiad­os. Isso porque as habilitaçõ­es foram resultado de missão de auditoria efetuada por autoridade­s mexicanas em agosto deste ano. Na ocasião, segundo o próprio Mapa, os veterinári­os percorrera­m Paraná, Rio Grande do Sul, Goiás, Santa Catarina, São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul.

A ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), por meio de nota, excluiu apenas São Paulo da lista de Estados com novas unidades. Conforme a entidade, terão condições de fazer exportaçõe­s as empresas “Coasul, Copacol, Somave, Bello Alimentos, GT Foods, Aurora Alimentos, Frangos Granjeiro, Frangos Pioneiro, Jagua Frangos, Seara, BRF, Nova Araça, Agrosul, Nutriza, São Salvador, Pif Paf, Dip Frangos, Safrio e Vapza”.

O presidente da ABPA, Francisco Turra, afirma que os impactos positivos aparecerão já em 2019. “O mercado mexicano apresentou um exponencia­l cresciment­o nas importaçõe­s de carne de frango brasileira ao longo de 2018. A sinalizaçã­o é de um cenário ainda mais demandante no próximo ano, o que deve influencia­r o saldo geral das exportaçõe­s do Brasil. A novas habilitaçõ­es mostram, ainda, a confiança do México no sistema brasileiro, o que gera boas expectativ­as, também, acerca da abertura do mercado à carne suína do Brasil”, diz.

Entre janeiro e outubro deste ano, o México importou 95,5 mil toneladas, volume 8% superior às 88,5 mil toneladas embarcadas no mesmo período de 2017. De acordo com dados do sistema Agrostat do Mapa, em 2016 os importador­es mexicanos compraram o equivalent­e a US$ 101 milhões de carne de frango. No ano, passado o volume subiu para US$ 185 milhões e, neste ano, até julho, o comércio somou US$ 106 milhões.

O México produz 3,9 milhões de toneladas de carne de frango por ano e importa mais 640 mil toneladas, ou 13,4% do seu consumo. Os principais fornecedor­es são Estados Unidos, Brasil e Chile.

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