Moradores reclamam de sensação de insegurança
Enquanto a licitação não é relançada e a obra iniciada, moradores e comerciantes do entorno do antigo Mercado Quebec têm que conviver com situações incômodas, que se arrastam desde que o prédio foi desocupado, em julho de 2017. Além do mato, o local apresenta muita sujeira, com restos de produtos alimentícios e garrafas de bebidas, principalmente alcoólicas. O deque que era utilizado para receber clientes do restaurante está avariado, com madeiras com pregos expostos e vários buracos.
Além disso, diversos vidros da fachada do prédio foram quebrados e as paredes estão pichadas. O interior do imóvel está isolado, mas tem sujeira e cacos de vidro. O ambiente em um dos lados do imóvel, onde fica uma viela, vem sendo utilizado como mocó. O recinto conta com cama improvisada com papelão e caixa plástica de verdura. Chinelo e vestimentas masculinas ainda estão espalhadas nesta área, que exala cheiro de urina.
Vizinhos afirmam que estão preocupados com a segurança em razão da inutilização do espaço por parte do município. Para eles, a prefeitura só deveria ter desativado o mercado quando estivesse com a obra pronta para ser autorizada. “Aqui é uma escuridão à noite. Podaram algumas árvores, mas mesmo assim é um lugar escuro e tememos pela segurança. Instalamos um refletor na entrada de casa para melhorar um pouco. O mercado era ótimo e este entorno sempre foi de grande movimento. Todos gostavam”, relatou Sirlene Sanches, que mora em frente ao prédio há 23 anos.
FISCALIZAÇÕES
Por meio de nota, a secretaria municipal de Educação disse que visitou o antigo Mercado Quebec na segunda-feira (19), encontrando duas pessoas, que seriam moradores de rua, circulando nas imediações. A dupla foi abordada por servidores da pasta. “Foi informado que estes indivíduos são pessoas que pernoitam no local, ao lado externo. Foram realizadas orientações aos mesmos, os quais se evadiram da localidade, por hora”, diz um trecho da nota.
Nesta mesma vistoria foi notado que janelas e portas do prédio estavam danificadas, permitindo a entrada de meliantes ao recinto. “Foram realizadas as devidas manutenções, soldando as portas e janelas por dentro, de maneira a impedir a entrada pelos locais vulneráveis”, acrescentou. “Faremos fiscalizações periódicas a fim de inibir novos arrombamentos”, garantiu a secretaria.
“Faremos fiscalizações periódicas a fim de inibir novos arrombamentos”