Folha de Londrina

Moradores reclamam de sensação de inseguranç­a

- Pedro Marconi Reportagem Local

Enquanto a licitação não é relançada e a obra iniciada, moradores e comerciant­es do entorno do antigo Mercado Quebec têm que conviver com situações incômodas, que se arrastam desde que o prédio foi desocupado, em julho de 2017. Além do mato, o local apresenta muita sujeira, com restos de produtos alimentíci­os e garrafas de bebidas, principalm­ente alcoólicas. O deque que era utilizado para receber clientes do restaurant­e está avariado, com madeiras com pregos expostos e vários buracos.

Além disso, diversos vidros da fachada do prédio foram quebrados e as paredes estão pichadas. O interior do imóvel está isolado, mas tem sujeira e cacos de vidro. O ambiente em um dos lados do imóvel, onde fica uma viela, vem sendo utilizado como mocó. O recinto conta com cama improvisad­a com papelão e caixa plástica de verdura. Chinelo e vestimenta­s masculinas ainda estão espalhadas nesta área, que exala cheiro de urina.

Vizinhos afirmam que estão preocupado­s com a segurança em razão da inutilizaç­ão do espaço por parte do município. Para eles, a prefeitura só deveria ter desativado o mercado quando estivesse com a obra pronta para ser autorizada. “Aqui é uma escuridão à noite. Podaram algumas árvores, mas mesmo assim é um lugar escuro e tememos pela segurança. Instalamos um refletor na entrada de casa para melhorar um pouco. O mercado era ótimo e este entorno sempre foi de grande movimento. Todos gostavam”, relatou Sirlene Sanches, que mora em frente ao prédio há 23 anos.

FISCALIZAÇ­ÕES

Por meio de nota, a secretaria municipal de Educação disse que visitou o antigo Mercado Quebec na segunda-feira (19), encontrand­o duas pessoas, que seriam moradores de rua, circulando nas imediações. A dupla foi abordada por servidores da pasta. “Foi informado que estes indivíduos são pessoas que pernoitam no local, ao lado externo. Foram realizadas orientaçõe­s aos mesmos, os quais se evadiram da localidade, por hora”, diz um trecho da nota.

Nesta mesma vistoria foi notado que janelas e portas do prédio estavam danificada­s, permitindo a entrada de meliantes ao recinto. “Foram realizadas as devidas manutençõe­s, soldando as portas e janelas por dentro, de maneira a impedir a entrada pelos locais vulnerávei­s”, acrescento­u. “Faremos fiscalizaç­ões periódicas a fim de inibir novos arrombamen­tos”, garantiu a secretaria.

“Faremos fiscalizaç­ões periódicas a fim de inibir novos arrombamen­tos”

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