Folha de Londrina

Aterro sanitário de Ribeirão Claro já atende legislação

Desde o mês de julho, tratamento do lixo urbano atende às normas estabeleci­das pela Funasa (Fundação Nacional de Saúde). Cooperativ­a de catadores de reciclávei­s garante renda a 15 famílias

- Luiz Guilherme Bannwart Especial para a FOLHA

Os municípios do Norte Pioneiro têm se esforçado para cumprir as determinaç­ões e se adequarem à Política Nacional de Resíduos Sólidos, que obriga as prefeitura­s a eliminarem lixões e aterros controlado­s. O prazo inicial estabeleci­do era até o final de 2014, porém houve uma suspensão e a nova data ainda é um impasse entre os órgãos responsáve­is. De acordo com último levantamen­to feito pela FOLHA na região, dos 46 municípios apenas 15 (32%) depositava­m os resíduos sólidos em aterros sanitários. Os outros 32 (68%), ainda utilizavam lixões ou aterros controlado­s, estruturas com o mínimo de controle ambiental, como isolamento, acesso restrito, cobertura dos resíduos com terra e controle de entrada de resíduos.

Os dados atualizado­s foram solicitado­s aos órgãos responsáve­is, mas ainda são aguardados pela reportagem. No entanto, uma pesquisa entre os municípios da região apontados com irregulari­dades, à época, mostra avanços não só em relação às questões ambientais, mas também no que diz respeito a soluções aos trabalhado­res que tinham nos lixões a sua única fonte de renda.

Um dos exemplos dos bons resultados obtidos a partir de então é o município de Ribeirão Claro, que desde julho deste ano opera seu aterro sanitário dentro das normas estabeleci­das pela Funasa (Fundação Nacional de Saúde) e reativou a cooperativ­a de catadores de reciclávei­s.

De acordo com a secretária municipal de Turismo e do Meio Ambiente, Larissa Silva Fonteque, todos os dias são depositado­s quatro caminhões de lixo no aterro municipal. O material é 100% triado e reciclado, e comerciali­zado pela cooperativ­a para sustentar 15 trabalhado­res da associação. “A manutenção do aterro é feita pela prefeitura, e os resíduos descartado­s pela cooperativ­a são depositado­s em valas devidament­e preparadas de acordo com as normas ambientais”, explica Fonteque.

Na terça-feira (13), Ribeirão Claro foi um dos 357 municípios contemplad­os pelo governo estadual por meio do Programa Recicla Paraná, pioneiro no Brasil, e que abrange um sistema integrado de coleta, separação e venda de reciclávei­s para gerar renda a associaçõe­s de reciclador­es. “Receberemo­s um caminhão para a coleta de lixo e equipament­os para a reestrutur­ação da nossa usina de reciclávei­s. Os investimen­tos irão proporcion­ar mais segurança e qualidade operaciona­l aos trabalhado­res e, consequent­emente ao meio ambiente”, salienta a secretária.

Desde quando foi criado em 2016, o projeto entregou 357 caminhões de coletas; 156 equipament­os para barracões (moega extensiva, esteira mecânica de separação, prensas hidráulica­s, empilhadei­ra elétrica, paleteira hidráulica manual e balança mecânica) e 306 conjuntos de lixeiras e carrinhos manuais urbanos. O total investido pelo governo estadual no período soma R$ 140 milhões. “É uma iniciativa completa, que tem capacidade de diminuir em 30% o material que normalment­e estaria indo para os aterros”, esclarece o presidente do Instituto das Águas do Paraná, Iram Rezende.

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Prefeitura de Ribeirão Claro/Divulgação Diariament­e são depositado­s quatro caminhões de lixo no aterro municipal. O material é 100% triado e reciclado e comerciali­zado pela cooperativ­a
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