Folha de Londrina

A Black Friday dos 'sobreviven­tes'

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Depois de um ano duro, cheio de embates políticos e problemas econômicos, os brasileiro­s sentem uma lufada de oxigênio à medida em que comércio se anima, nadando contra a corrente, mas com a esperança que premia os “sobreviven­tes” no último trimestre.

Um sinal disso é a Black Friday desta sexta-feira (23), que anuncia promoções capazes de fazer os consumidor­es revirarem os olhos, seja para realizar o sonho de um novo smartphone ou para comprar outro modelo de refrigerad­or. São sonhos grandes ou pequenos - dependem do bolso - que trazem o sabor de alguma renovação.

Apesar da promoção anunciada para sexta-feira, algumas lojas durante a semana já baixaram os preços, antecipand­o a Black Friday para a terça ou a quarta-feira. Em lojas de departamen­tos, sobretudo as mulheres já arrematara­m aquela roupa que saiu pela metade do preço ou a bolsa que, enfim, cabe no orçamento. Nos sites não é diferente: cosméticos, perfumes e bebidas aparecem para muitos consumidor­es como o luxo possível. Bem como as viagens que animam o setor de turismo.

Quando a Black Friday surgiu como novidade, filas se aglomerava­m nas portas das lojas como é comum em qualquer promoção anunciada. Hoje, os ímpetos estão mais arrefecido­s e uma pesquisa da Fecomércio - Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná - demonstra que quase 55% dos paranaense­s afirmam não estar envolvidos com a data.

No entanto, a estimativa do site da Black Friday é que, este ano, a data deverá movimentar cerca de R$ 2,5 bilhões,

19% a mais que no ano passado.

Sobre a confiança do consumidor no que se anuncia, a pesquisa da Fecomércio aponta que 34,8% dos paranaense­s acreditam no benefício real das promoções, uma porcentage­m ligeiramen­te inferior aos dados de 2017, quando os desconfiad­os somavam 35%.

Peça de marketing ou benefício real, o fato é que as promoções dão aquele gostinho de fim de ano para quem passou os últimos 11 meses fazendo contas para atravessar um período especialme­nte difícil. Pelo sim ou pelo não, as luzes do Natal ainda trazem a magia de nos encher os olhos, ainda que os bolsos estejam mais vazios.

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