Folha de Londrina

Londrina tem saldo positivo no Caged em outubro

- Fernanda Chirchia Reportagem Local

A RML (Região Metropolit­ana de Londrina) registrou saldo de 215 postos de trabalho em outubro de 2018. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (21) pelo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desemprega­dos). Foram registrada­s 8.551 contrataçõ­es e 8.336 desligamen­tos em cinco cidades (Londrina, Cambé, Arapongas, Rolândia e Ibiporã) da RML. Conforme análise do Projeto de Iniciação Científica do (NuPEA) Núcleo de Pesquisas Econômicas Aplicadas da UTFPR (Universida­de Tecnológic­a Federal do Paraná, campus Londrina, as cinco cidades representa­m 82,2% da população total e 86,4% do PIB da RML. A análise é realizada pelo professor doutor Marcos Rambalducc­i e os alunos Matheus Moraes Mota e Wesley Mamoru Sonomura.

Somente Londrina e Arapongas registrara­m saldo positivo de empregos em outubro de 2018. Londrina ganhou 229 postos e Arapongas, 165. Já a cidade de Cambé teve 67 postos fechados, Ibiporã perdeu 60, e Rolândia, 52.

De acordo com a análise do NuPEA, em Londrina, o setor de comércio e o de serviços foram os destaques neste mês. O setor de comércio trouxe um saldo de 150 empregos formais enquanto o de serviços apresentou saldo de 136 empregos. “Esses números representa­m uma recuperaçã­o desses setores, indicando preparação para os períodos de maiores demandas dessas áreas.”

No Paraná, 23 unidades federativa­s registrara­m variação positiva no saldo de empregos e o Estado do Paraná ocupou o quarto lugar com maior saldo de empregos, com saldo de 6.937 empregos, um aumento de 0,26% frente ao mês de agosto de 2018.

BRASIL

O Brasil registrou a criação de 57.733 vagas com carteira assinada em outubro de 2018, segundo dados do Caged. Foi o quarto mês seguido de saldo positivo. Embora tenha ficado abaixo das projeções de mercado, que apontavam para 65 mil novas vagas segundo o Projeções Broadcast, o resultado foi comemorado pelo presidente Michel Temer, que se antecipou ao anúncio oficial e divulgou em sua conta no Twitter a criação de mais de 57 mil vagas formais: “Isso significa que o Brasil está no rumo certo.”

O resultado de outubro decorre de 1.279.502 admissões e de 1.221.769 demissões. Com esse resultado mais os ajustes feitos em meses anteriores - que incorporam declaraçõe­s de contrataçã­o ou demissão feitas fora do prazo -, o saldo do Caged em 12 meses ficou positivo em 444.483.

As novas modalidade­s de contrataçã­o criadas pela reforma trabalhist­a contribuír­am para a geração de novas vagas formais de emprego no mês de outubro. Os dados do Caged mostram que o trabalho intermiten­te ficou com saldo positivo de 4.844, enquanto o regime trabalho parcial abriu 2.218 novos postos com carteira.

O contrato de trabalho intermiten­te permite às empresas chamar os trabalhado­res apenas quando e se necessário, pagando apenas pelas horas cumpridas. Os setores de serviços e comércio continuam puxando essas contrataçõ­es, seguidos pela construção civil e pela indústria de transforma­ção em menor medida.

A maior parte dos postos gerados foi ocupada por homens (63,9%) e jovens de 18 a 24 anos (31,6%). Em geral, são trabalhado­res com ensino médio completo ou incompleto. As funções mais comuns são assistente de vendas e atendente de lojas e mercados.

Ainda, segundo o Caged, um total de 54 empregados celebrou mais de um contrato na condição de intermiten­te em outubro. No entanto, não há especifica­ção sobre quantos contratos cada um firmou.

Essa é uma questão crucial que tem sido questionad­a na análise das estatístic­as do Caged, porque uma pessoa contratada para mais de um emprego formal poderia ajudar a “inflar” o saldo geral do cadastro, que inclui todos os vínculos.

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Arquivo Folha País registrou o quarto mês seguido de números positivos do Caged

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