AVENIDA PARANÁ
Professores e estudantes não esquerdistas sofrem perseguições no ambiente acadêmico
Ainstalação recente de um semáforo e de rampas de acesso na avenida Leste-Oeste, na esquina com a rua Niterói (Centro de Londrina), mostra que pequenas intervenções no trânsito podem fazer grande diferença na vida de pedestres e motoristas. Sem a sinalização adequada, o fluxo intenso de veículos naquele cruzamento dificultava a travessia e aumentava o risco de atropelamentos e outros acidentes. Com as mudanças, implementadas na semana passada, a segurança melhorou, principalmente para quem anda a pé. No local, também foram reservadas vagas de estacionamento para pessoas com deficiência e embarque e desembarque com tempo máximo de 15 minutos de permanência.
“Passo por aqui de quatro a cinco vezes por dia e em todos os horários era muito complicado atravessar. Os motoristas correm demais, os motociclistas aparecem do nada. Agora, ficou bem mais seguro”, elogiou o comunicador visual Sérgio Moreira. “Essa rampa que fizeram também ficou muito boa porque a gente não precisa mais descer pelo canteiro, que era escorregadio.”
O cruzamento fica no final da viela que passa ao lado do Centro Municipal de Educação Infantil Valéria Veronesi, a Super Creche. Para os pais e responsáveis pelos alunos, que chegam e saem com as crianças em horários de pico, as melhorias na sinalização são um benefício há muito tempo esperado. “A parte de cima da Leste-Oeste (sentido leste) não é tão movimentada e até que dá para atravessar. Mas na parte de baixo (sentido oeste) o trânsito é muito intenso e atravessar ali é difícil, principalmente com uma criança. Ficou muito bom com o semáforo porque nós sempre voltamos a pé para casa”, disse o pedreiro Vilson Gonçalves, avô de um aluno do CMEI.
Para a esteticista Silmara Tibães, a melhor intervenção foi a reserva de vagas para pessoas com deficiência. O fi- lho, matriculado na Super Creche, tem a credencial, mas quando ela utilizava o carro para levá-lo ou buscá-lo na escola, nunca encontrava uma vaga para estacionar. “A reserva dessa vaga preferen- cial foi excelente. Agora, eles poderiam colocar a faixa de pedestre na rua Benjamin Constant de volta na esquina oposta ao Museu (de Arte). Já era do outro lado, mas muda- ram. Só que ficava melhor an- tes”, queixou-se.
PROJETO
As alterações na sinalização da avenida Leste-Oeste com a rua Niterói fazem parte do projeto Sinalizar para Educar, implementado em julho pela CMTU (Companhia Munici- pal de Trânsito e Urbaniza- ção). O projeto foi criado com o objetivo de melhorar a es- trutura viária próxima a esta- belecimentos de ensino após um levantamento apontar 180 escolas públicas e particulares de Londrina sem sinalização de trânsito apropriada no entorno, desde faixas de pedestres até placas informando o limite de velocidade e vagas reservadas a embarque e desembarque. O levantamento indicou ainda que das 361 instituições existentes na cidade, pelo menos 13 não possuíam nenhum tipo de sinalização.
Segundo o diretor de Trânsito da CMTU, coronel Pedro Ramos, a nova sinalização no entorno da Super Creche foi viabilizada para atender a grande demanda de pedestres, principalmente por conta dos pontos de embarque e desembarque dos ônibus de transporte coletivo intermunicipal. “Além dos pontos de ônibus, temos a Super Creche, o Planetário, o museu (Histórico Padre Carlos Weiss), é um local com grande circulação de pessoas.”
Além de instalar a sinalização, Ramos explicou que também foi feita a sincronização de três semáforos: nos cruzamentos com as ruas Minas Gerais e Niterói e a avenida São Paulo.