Começa a cobrança da Zona Verde em Cambé
São ofertadas mil vagas nas principais ruas do município; Zona Verde é administrada pela Epesmel
Cambé - Os parquímetros da Zona Verde de Cambé (Região Metropolitana de Londrina) já estão em operação e a cobrança começou nesta quarta-feira (28). São cerca de mil vagas que a Epesmel (entidade de Londrina) irá gerenciar. O valor mínimo é de R$ 0,85 por meia hora. Logo pela manhã, a manicure Débora de Souza já estava utilizando o parquímetro e não encontrou dificuldades em operar os equipamentos porque já trabalhou na Zona Azul em Londrina. “A situação estava ruim em Cambé. A gente não conseguia achar vagas para parar. O povo que trabalhava nas lojas deixava os carros estacionados o dia inteiro, porque não tinham que pagar nada. E prejudicava quem precisava estacionar para ir ao banco”, exemplificou.
A vendedora Vilma Martins Santos explicou que foi a primeira vez que usou o parquímetro e não achou difícil. Ela também destacou a dificuldade de encontrar uma vaga antes da implantação do sistema de estacionamento rotativo, principalmente na avenida Inglaterra, uma das mais movimentadas da cidade. “A gente tinha que rodar, rodar e não encontrava vaga”, relatou. “Vai ser melhor, mesmo pagando um pouco mais”, destacou. “A reclamação que eu tenho é que a gente paga adiantado, mas se não usa todo o tempo não recebe o troco”, apontou o aposentado José Pinha.
Wellington Luis Marcatti, coordenador administrativo da Epesmel, permissionária do serviço, disse que a avaliação foi positiva. “Houve um fluxo grande de veículos e uma grande rotatividade. A população está elogiando por ser uma necessidade da cidade”, apontou. Os únicos conflitos relatados por Marcatti foram por causa de vagas para idosos e pessoas com necessidades especiais, já que em Londrina eles usufruem de isenção de pagamento. Em Cambé essa isenção não existe. “Pela proximidade dos municípios, muitos acham que a legislação é igual, mas conceder isenção é prerrogativa de cada município e isso deu confusão. Não é porque a Epesmel administra o serviço nos dois municípios que a legislação é a mesma. Em Cambé, as únicas isenções são das vagas de carga e descarga e de motocicletas”, observou.
Atualmente existem cinco áreas de carga e descarga e 70 vagas para motocicletas, distribuídas em sete localidades. “Queremos expandir as vagas de carga e descarga para 15 e de motos o número de vagas deve chegar a 100”, projetou o diretor de Trânsito da prefeitura, Fausto Anami. “As vans e os caminhões de pequeno porte podem estacionar nas vagas do estacionamento rotativo, desde que paguem. Já os caminhões baús, de porte maior, não vão conseguir estacionar na via pública”, ressaltou Anami. Ele informou que a prefeitura vai notificar e autuar quem não seguir as regras do estacionamento rotativo. “Haverá gente para orientar como utilizar os parquímetros. No começo a gente pode fazer um pouco de ‘vista grossa’, mas depois, quando houver a acomodação do serviço, aplicaremos as notificações e autuações”, destacou.
Anami afirmou que em 2008 o serviço de estacionamento rotativo possuía apenas 400 vagas, e que agora existem mil vagas com previsão de expansão para 1,4 mil. “O serviço hoje é totalmente diferente. Naquela época era por meio de cartões em papel. Hoje o serviço é digital e foi implantado em outras regiões fora do centro, como nas proximidades do Fórum e no bairro Santo Amaro. A Zona Verde foi implantada em cerca de 20 vias do município”, explicou. O prazo máximo para estacionar em uma dessas vagas é duas horas. O contrato com a Epesmel tem validade de dez anos.
“Vai ser melhor, mesmo pagando um pouco mais”