Folha de Londrina

Músico independen­te quer invadir espaços tradiciona­is

O cantor e compositor Rubel se apresenta nesta quinta-feira (29) em Londrina para mostrar seu disco ‘Casas’

- Natália Perezin * Estagiária

Rubel Brisolla, ou Rubel, nasceu em Volta Redonda, município do Rio de Janeiro, e se mudou para a capital aos sete anos. Surgiu por meio da internet, onde lançou seu primeiro disco, “Pearl”, de 2013, que foi feito de forma improvisad­a e livre, num estúdio que ele mesmo montou. “Minha expectativ­a é cada vez mais invadir os lugares tradiciona­is onde a música independen­te ainda não chega. E sim, sem a internet minha carreira provavelme­nte nem existiria”, afirma em entrevista por e-mail.

Esse ano, lançou o “Casas”, com uma sonoridade diferente do álbum de cinco anos atrás. “O ‘Casas’ já é um disco muito mais trabalhado, pensado e produzido. Mistura beats com arranjos de cordas e metais, e a banda que me acompanha ao vivo. Mistura MPB com Hip e R&B. É um disco maior, mais ambicioso. O processo de criação também teve que ser mais longo e mais trabalhoso.”, disse ele. O novo disco também contém duas participaç­ões: os rappers Emicida e Rincon Sapiência. A turnê “Vem cá, Casas” já passou por várias cidades do interior, capitais, festivais de músicas e fora do país - Nova York e três cidades de Portugal: Lisboa, Vila Nova de Famalicão e Espinho.

Além do lançamento, em 2018, a música “Quando Bate Aquela Saudade” fez parte da trilha sonora da minissérie da Rede Globo, “Onde Nascem os Fortes.” Isso fez com que ele entrasse numa camada mais popular e que atingisse mais pessoas: “eu quero dialogar com essas pessoas também. Não vejo sentido algum em negligenci­ar uma parcela gigantesca do nosso país.” O artista já declarou que não vê problema algum em chegar às camadas mainstream. Sua música já alcançou um público grande ao considerar o cenário independen­te.

Esse ano, também, Rubel foi indicado ao Grammy Latino na categoria Melhor Álbum de Rock ou de Música Alternativ­a em Língua Portuguesa, com “Casas”. O vencedor dessa categoria foi Lenine, com o álbum “Lenine em Trânsito”. Em suas redes sociais, Rubel não mostrou descontent­amento com a premiação: declarou que, “se Lenine ganha, todos ganham”. Segundo ele, o sensação de ser indicado foi de fechamento de um primeiro ciclo do álbum, que foi muito bem acolhido pela crítica e pelo público.

Para o show na cidade, ele promete músicas dos dois álbuns e “versões inéditas de compositor­es que admiro, algumas histórias da minha vida e das canções”.

* Supervisão:

Célia Musilli Editora da Folha 2

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Guido Argel/ Divulgação Rubel quer dialogar também com uma camada mais popular de ouvintes: “Não vejo sentido em negligenci­ar uma parcela gigantesca do nosso País”

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