Folha de Londrina

Câmara mantém alíquota de 0,6% com expectativ­a de IPTU menor

Para 2019, valor do imposto terá a correção do IPCA, mas haverá uma “redução importante na taxa de coleta de lixo”, segundo o chefe de gabinete Marcos Urbaneja

- Vitor Struck Reportagem Local (Colaborou Larissa Sato)

A Câmara de Londrina aprovou o projeto de lei do prefeito Marcelo Belinati que regulament­a e congela as alíquotas para o cálculo do IPTU. Na prática, o valor do imposto em 2019 será o mesmo cobrado este ano, sendo reajustado apenas de acordo com a correção monetária. Porém, de acordo com o chefe de gabinete Marcos Urbaneja, o valor final do imposto deve baixar por causa da redução na taxa da coleta de lixo

ACâmara Municipal de Londrina aprovou com 16 votos o projeto de lei do prefeito Marcelo Belinati (PP) que regulament­a e congela as alíquotas para o cálculo do IPTU (Imposto predial e Territoria­l Urbano). Ao todo eram necessário­s 13 votos, mas 16 vereadores garantiram a aprovação e o encaminham­ento da minuta para a sanção de Belinati. Na sessão desta terça-feira (4) tanto Aílton Nantes (PP) quanto Daniele Ziober (PP) não comparecer­am por motivos de saúde, e o Pastor Gerson Araújo teve que se ausentar por conta de uma audiência no Fórum.

A aprovação do projeto significa dizer que o IPTU de 2019 será o mesmo que foi cobrado neste ano, sendo reajustado apenas de acordo com a correção monetária baseada no IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo). Entretanto, como haverá uma alteração na forma de calcular a taxa de coleta de lixo por conta de um Termo de Ajustament­o de Conduta firmado com o Ministério Público, o valor total do imposto deve ser menor. “O que foi gasto durante este último período será feito um rateio em todas as unidades imobiliári­as do município. Nós estamos avaliando que haverá uma redução importante na taxa de coleta de lixo”, afirma Marcos Urbaneja, chefe de gabinete do prefeito.

De acordo com Urbaneja, o Executivo vai articular para que PL que regulament­a a cobrança da taxa de lixo entre na pauta da sessão da pró-

xima quinta-feira (13), para que “possamos equalizar todos esses valores e deixar tudo certo para realizar os lançamento­s partir do ano que vem”, afirma.

A alíquota de 0,6% será mantida sobre o valor venal dos imóveis edificados, de 1,8% sobre o valor venal dos imóveis não edificados, e de 0,9% para os imóveis não edificados que excedam 10 mil metros quadrados. Na semana passada os vereadores arquivaram projeto de iniciativa popular que revogava a lei que aumentou o tributo para os londrinens­es.

Caso este projeto de lei não fosse aprovado a alíquota do IPTU subiria para 0,67% no ano que vem já que a lei que,

por enquanto, está em vigor estabelece a progressiv­idade até 1%. “Aqui não tem vencedores ou perdedores, o que o Executivo fez foi um trabalho de convencime­nto para que os vereadores pudessem avaliar os seus votos”, avalia Urbaneja.

DESCONTOS PROGRESSIV­OS

A sessão teve que ser suspensa para a análise da terceira emenda que chegou ao projeto na tentativa de reduzir a alíquota. A emenda assinada por dez parlamenta­res previa descontos regressivo­s sobre todas as alíquotas até 2021, que começavam em 16,66% até estagnar em 5,56%. Na prática seria o mesmo que aprovar uma alíquota de 0,5% para o ano que vem, mas progressiv­a para os próximos anos.

A medida foi aprovada na Comissão de Justiça com os votos favoráveis de José Roque Neto (PR), Felipe Prochet (PSD) e Vilson Bittencour­t (PSB) com votos separados e contrários de Péricles Deliberado­r (PSC) e Guilherme Belinati (PP). Já em votação no plenária a emenda acabou rejeitada. Votaram contra, também, os vereadores Amauri Cardoso (PSDB), Estevão da Zona Sul (Sem Partido), Jairo Tamura (PR), Jamil Janene (PP) e João Martins (PSL).

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