Assembleia do Rio abre processo de impeachment contra Pezão
Rio de Janeiro
- Por seis votos a um, a Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) acatou na tarde desta terça-feira (4) recurso do Tribunal de Justiça fluminense e decidiu dar andamento ao pedido de abertura de impeachment movido pelo Psol contra o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (MDB). O procedimento havia sido apresentado pelo partido em fevereiro de 2017, mas fora arquivado pelo presidente afastado da Casa, Jorge Picciani (MDB), que atualmente cumpre prisão domiciliar e está afastado do cargo.
A Assembleia, porém, entra em recesso no próximo dia 20. É, portanto, provável que o caso não seja analisado ainda neste ano, o que levará a seu arquivamento. O novo governador, Wilson Witzel (PSC), assumirá o posto em 1º de janeiro, o que fará a ação perder o seu objeto.
Pezão foi preso no último dia 29, acusado pela Operação Lava Jato de receber R$ 39 milhões - em valores atualizados - em propina em espécie. Ele também é acusado pelo Ministério Público Federal (MPF) de ter dado continuidade ao esquema de desvio de dinheiro público liderado pelo ex-governador do Rio, Sérgio Cabral Filho (MDB), que também está preso. O governador nega as acusações.
No pedido, o Psol fez outras alegações para pedir o afastamento de Pezão do cargo. O partido listou como motivos o atraso de salários de servidores e a violação do porcentual mínimo de 12% de gastos do orçamento para saúde pública, obrigatório por lei. Após o arquivamento promovido por Picciani, o partido entrou com um mandado de segurança na Justiça para que a Mesa Diretora analisasse o pedido.