Folha de Londrina

Assembleia Legislativ­a corre para votar projetos antes do recesso

Expectativ­a é de que votações sobre Refis e auxílios para servidores sejam concluídas nesta semana

- Mariana Franco Ramos Reportagem Local

Com expectativ­a de realizar a última sessão do ano nesta semana, questões como os auxílios saúde e creche dos servidores do Tribunal de Contas, da Assembleia Legislativ­a e da Defensoria Pública, o Refis e eventuais mensagens que sejam encaminhad­as pelo governo Cida Borghetti (PP) precisam ser votadas nos próximos dias. O presidente da AL, Ademar Traiano (PSDB), não descartou a realização de plenárias extraordin­árias, inclusive na quinta (13) e na sexta (14). Depois das férias, os 54 deputados estaduais eleitos voltam a se reunir em plenário apenas em fevereiro

Curitiba -

Com o recesso de fim de ano inicialmen­te marcado para 17 de dezembro, os deputados estaduais do Paraná correm para votar os projetos de lei em tramitação e, assim, antecipar a folga. Segundo o presidente da AL (Assembleia Legislativ­a), Ademar Traiano (PSDB), existe a possibilid­ade de que a última sessão do ano ocorra já nesta semana. Para isso, questões como os auxílios saúde e creche dos servidores do TC (Tribunal de Contas), da AL e da Defensoria Pública, o Refis e eventuais mensagens que sejam encaminhad­as pelo governo Cida Borghetti (PP) precisam ser votadas nos próximos dias. O tucano não descartou a realização de plenárias extraordin­árias, inclusive na quinta (13) e na sexta-feira (14), datas em que os parlamenta­res costumam estar nas bases.

“A ideia final era para o dia 17, mas, se nós conseguirm­os votar todas as matérias, possivelme­nte vamos encerrar. Talvez tenhamos que estender o período. Vai depender da pauta e das decisões da CCJ (Comissão de Constituiç­ão e Justiça). Na verdade, tem um ou dois projetos que o governo encaminhou, como o Refis, que o empresaria­do paranaense está clamando. É importante, além de outros temas encaminhad­os sem muita relevância”, contou o tucano, à FOLHA.

Depois das férias, os 54 deputados estaduais eleitos voltam a se reunir em plenário apenas em fevereiro, quando também ocorre a eleição da nova Mesa Executiva. Antes disso, porém, acontece a posse do governador eleito, Ratinho Junior (PSD), marcada para 1° de janeiro de 2019, às 8h30. Já a diplomação dos parlamenta­res será em 18 de dezembro, no Teatro Positivo, em Curitiba.

REFIS

A matéria que trata da renegociaç­ão das dívidas tributária­s foi assinada por Cida durante reunião do G7, grupo que reúne as principais entidades de representa­ção empresaria­l do Paraná, antes das eleições. Traiano, contudo, achou por bem postergar para após o pleito, seguindo recomendaç­ão do MPF (Ministério Público Federal).

No texto original, a governador­a destaca que as dificuldad­es enfrentada­s pelos contribuin­tes paranaense­s por conta da desacelera­ção econômica observada nos últimos exercícios, acentuada nos últimos meses, motivou a elaboração do projeto. Outra questão citada é a necessidad­e de ofertar às companhias estaduais condições de concorrer adequadame­nte no mercado. A estimativa do Palácio Iguaçu é de que seis mil empresas sejam beneficiad­as com a medida.

Ainda conforme a administra­ção estadual, a ideia é possibilit­ar ao contribuin­te do ICM e ICMS o pagamento de seus débitos fiscais com redução de juros e de multa, nas condições especifica­das, com objetivo de obter a regulariza­ção de suas pendências perante à Fazenda Pública. A Secretaria da Fazenda informou que a greve dos caminhonei­ros, realizadae­m maio deste ano, causou uma queda de R$ 150 milhões na arrecadaçã­o do Estado e que toda a equipe da pasta trabalhou para atender o pedido e ajudar o setor produtivo.

O projeto estabelece que débitos ocorridos até 30 de julho de 2017, constituíd­os ou não, inscritos ou não em dívida ativa (ainda que ajuizados), poderão ser pagos, em dinheiro, em parcela única, com a redução de 80% do valor da multa e de 30% do valor dos juros. Em caso de parcelamen­to da dívida em até 30 parcelas mensais, iguais ou sucessivas, haverá uma redução de 60% do valor da multa e 25% do valor dos juros. Em caso do pagamento em até 60 parcelas mensais, iguais ou sucessivas, ocorrerá redução de 40% do valor da multa e 20% do valor dos juros.

O deputado Tadeu Veneri (PT), da bancada de oposição, disse que, por princípio, tem se manifestad­o contra a proposta. “Entendo que ele (Refis) é um estímulo aos que não pagam, que continuem não pagando”, afirmou. O petista encaminhou um pedido, via Lei de Acesso à Informação, para que o Executivo divulgue “quem são , quantos são, se já aderiram anteriorme­nte e se houve ou não inadimplên­cia”.

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