Defesa do ambiente será com respeito ao setor produtivo, diz futuro ministro
São Paulo - Escolhido para ser ministro do Meio Ambiente, o advogado Ricardo Salles disse que seu papel à frente da Pasta será defender o meio ambiente e respeitar o setor produtivo. Para Bolsonaro, o ministério precisa se aproximar dos ruralistas. O presidente eleito já defendeu acabar com o que chama “indústria de multas” no Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente) e no ICMbio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade).
“Defender o meio ambiente e ao mesmo tempo respeitar todos os setores produtivos do Brasil é o que sintetiza muito nosso sentimento”, disse Ricardo Salles, após ser confirmado para o cargo. Nesta segunda-feira (10) ele irá a Brasília para começar a trabalhar na equipe de transição do governo eleito.
O anúncio do último integrante da Esplanada dos Ministérios do governo Bolsonaro, que terá 22 pastas, foi feita pelo presidente eleito em comunicado nas redes sociais. “Comunico a indicação do sr. Ricardo de Aquino Salles para estar à frente do futuro Ministério do Meio Ambiente”, escreveu no Twitter.
Salles é vinculado ao exgovernador de São Paulo, o tucano Geraldo Alckmin, derrotado nas eleições presidenciais deste ano. Entre 2013 e 2014, foi secretário particular de Alckmin. De 2016 a 2017, Salles foi secretário de Meio Ambiente de São Paulo e se tornou réu em ação civil pública ambiental e de improbidade administrativa, movida pelo Ministério Público de São Paulo em maio deste ano. A ação diz respeito à elaboração do Plano de Manejo da Área de Proteção Ambiental de Várzea do Rio Tietê, em 2016.
Em 2006 participou da fundação do Movimento Endi- reita Brasil (MEB), juntamente com quatro amigos. A entidade ficou conhecida por criar o Dia da Liberdade de Impostos em São Paulo, em 2010, evento que ocorre no mês de maio.
O futuro ministro é formado em direito pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cursou pós-graduação nas universidades de Coimbra e de Lisboa, além de ter especialização em administração de empresas pela Fundação Getúlio Vargas. Em 2012, juntamente com o advogado Guilherme Campos Abdalla, pediu o impeachment do ministro Dias Toffoli, atual presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), por crime de responsabilidade, no julgamento da ação penal do mensalão. (com Agência Brasil)