Folha de Londrina

Defesa do ambiente será com respeito ao setor produtivo, diz futuro ministro

- Daniel Weterman

São Paulo - Escolhido para ser ministro do Meio Ambiente, o advogado Ricardo Salles disse que seu papel à frente da Pasta será defender o meio ambiente e respeitar o setor produtivo. Para Bolsonaro, o ministério precisa se aproximar dos ruralistas. O presidente eleito já defendeu acabar com o que chama “indústria de multas” no Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente) e no ICMbio (Instituto Chico Mendes de Conservaçã­o da Biodiversi­dade).

“Defender o meio ambiente e ao mesmo tempo respeitar todos os setores produtivos do Brasil é o que sintetiza muito nosso sentimento”, disse Ricardo Salles, após ser confirmado para o cargo. Nesta segunda-feira (10) ele irá a Brasília para começar a trabalhar na equipe de transição do governo eleito.

O anúncio do último integrante da Esplanada dos Ministério­s do governo Bolsonaro, que terá 22 pastas, foi feita pelo presidente eleito em comunicado nas redes sociais. “Comunico a indicação do sr. Ricardo de Aquino Salles para estar à frente do futuro Ministério do Meio Ambiente”, escreveu no Twitter.

Salles é vinculado ao exgovernad­or de São Paulo, o tucano Geraldo Alckmin, derrotado nas eleições presidenci­ais deste ano. Entre 2013 e 2014, foi secretário particular de Alckmin. De 2016 a 2017, Salles foi secretário de Meio Ambiente de São Paulo e se tornou réu em ação civil pública ambiental e de improbidad­e administra­tiva, movida pelo Ministério Público de São Paulo em maio deste ano. A ação diz respeito à elaboração do Plano de Manejo da Área de Proteção Ambiental de Várzea do Rio Tietê, em 2016.

Em 2006 participou da fundação do Movimento Endi- reita Brasil (MEB), juntamente com quatro amigos. A entidade ficou conhecida por criar o Dia da Liberdade de Impostos em São Paulo, em 2010, evento que ocorre no mês de maio.

O futuro ministro é formado em direito pela Universida­de Presbiteri­ana Mackenzie, cursou pós-graduação nas universida­des de Coimbra e de Lisboa, além de ter especializ­ação em administra­ção de empresas pela Fundação Getúlio Vargas. Em 2012, juntamente com o advogado Guilherme Campos Abdalla, pediu o impeachmen­t do ministro Dias Toffoli, atual presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), por crime de responsabi­lidade, no julgamento da ação penal do mensalão. (com Agência Brasil)

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Nilton Fukuda/Estadão Conteúdo O advogado Ricardo Salles, futuro ministro do Meio Ambiente, deve começar a trabalhar na equipe de transição já nesta segunda

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