Folha de Londrina

Com a geada, a cidade cresce para o norte

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Ana Paula de Oliveira Santana, 32, nasceu, cresceu e sempre viveu no Vivi Xavier, zona norte de Londrina, onde reside com sua mãe. “É uma área muito grande, além de ser grande em número de bairros, a população cresceu muito. Tem uma hiperpopul­ação aqui”, concluiu.

A mãe de Santana mora no Vivi Xavier há 40 anos. “Primeiro se formaram os Cinco Conjuntos, e se estenderam os outros bairros, o Vivi Xavier fica mais para frente. Minha mãe veio bem no começo, ela disse que ainda tinha muito café”, lembrou.

Santana estudou no Colégio Estadual Professora Lúcia Barros Lisboa, próximo à avenida Saul Elkind, principal via da zona norte. “Também estudei no colégio municipal localizado no meu bairro, tudo aqui. Só sai do bairro para fazer faculdade”.

Ela formou-se técnica em enfermagem pela faculdade Pitágoras. “Eu tinha que atravessar a cidade, pouco mais de uma hora para chegar até lá”, contou. No início do curso, Santana precisava pegar dois ônibus. Do terceiro ano em diante, “já existiam linhas que saíam direto da zona norte”, lembrou. Hoje já existem linhas exclusivas para as faculdades. “O acesso é rápido, mas a distância é grande”, comentou.

Em questões de transporte, ela acredita que o acesso para quem mora na zona norte é facilitado. “Chega a ser mais fácil que em outras áreas”. Mas, para outros serviços, como o recolhimen­to de árvores caídas após fortes chuvas, “acaba demorando um pouco mais para chegar aqui”. Todavia, Santana considerou que “alguns serviços demoram até mesmo pela quantidade de pessoas que moram nessa área”.

Toda a família de Santana, londrinens­e, mora e trabalha na zona norte. “A zona norte é uma cidade separada de Londrina”, definiu. Isso porque, segundo a técnica em enfermagem, é possível resolver tudo de lá. “Você consegue fazer tudo daqui sem precisar usar a área central. Banco, hospital, posto de saúde. Às vezes você fica dias sem ir até a o centro porque consegue articular tudo daqui, próximo da residência”, explicou.

Ela mesmo vai trabalhar a pé. “São vinte minutos de caminhada”, contou. A técnica em enfermagem atua no Hospital Zona Norte. “A gente atende uma demanda muito grande, o hospital está pequeno para comportar o número de pessoas da região”, disse.

Com toda essa gente, Santana é uma das pessoas que pensa em permanecer por lá. “Não pretendo morar longe, não. Vou sair da casa da minha mãe mas vou continuar aqui na região mesmo. Eu cresci aqui”.

 ?? Anderson Coelho ?? Ana Paula Santana, 32, orgulha-se do cresciment­o da zona norte, onde nasceu e mora até hoje
Anderson Coelho Ana Paula Santana, 32, orgulha-se do cresciment­o da zona norte, onde nasceu e mora até hoje

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