Folha de Londrina

Festa dos Millonario­s em Madri

River vence Boca de virada na prorrogaçã­o e é o primeiro campeão do torneio fora da América do Sul

- DAS AGÊNCIAS

SÃO PAULO - O River Plate conquistou o seu quarto título da Libertador­es. Neste domingo (9), a equipe venceu o Boca Juniors por 3 a 1, no estádio Santiago Bernabéu, em Madri, no segundo jogo da decisão da competição. A primeira partida, realizada no dia 11 de novembro, em La Bombonera, terminou empatada por 2 a 2.

Com a conquista, o River Plate igualou o Estudiante­s com quatro troféus. O maior vencedor é o Independie­nte, com sete. O Boca Juniors soma seis. O terceiro maior ganhador é o Peñarol, que foi campeão em cinco oportunida­des. O River está classifica­do para a disputa do Mundial de Clubes da Fifa, que começa já na quarta-feira (12) nos Emirados Árabes Unidos. A estreia do representa­nte sulamerica­no será no dia 18.

O Boca Juniors saiu na frente com um gol do atacante Benedetto, aos 44 minutos da etapa inicial. O River empatou com Pratto, aos 22 minutos do segundo tempo. Na prorrogaçã­o, Quintero acertou um lindo chute de fora da área e marcou o gol do título do River. Nos acréscimos, Pity Martínez marcou o terceiro para fechar o marcador.

O confronto teve dois tempos distintos. Na primeira metade, o Boca Juniors criou três boas oportunida­des e aproveitou uma chance com Benedetto para abrir o placar. Na segunda parte, o River conseguiu dominar o jogo e mereceu a igualdade.

Na prorrogaçã­o, o River Plate ficou com um jogador a mais logo no primeiro minuto após a expulsão de Barrios. Assim, dominou o confronto e chegou ao gol com Quintero e, no final da partida, com Pity Martínez.

O segundo duelo da final foi realizado neste domingo no estádio Santiago Bernabéu após ser adiado em razão da agressão de torcedores do River Plate ao ônibus do Boca Juniors na chegada ao estádio Monumental de Núñez no dia 24 de novembro.

O confronto chegou a ser marcado para o dia 25, mas o Boca alegou não haver a segurança necessária no Monumental para jogar depois do ataque ao ônibus que levava os jogadores. Com isso, o confronto foi remarcado para este domingo no Santiago Bernabéu.

A Espanha foi selecionad­a para sediar a final após sugestão do presidente da Fifa, Gianni Infantino, de que seria melhor realizar o jogo na Europa do que no Catar, país que fez a proposta mais vantajosa para receber a final.

As torcidas tomaram posse do Santiago Bernabéu, com gritos, cantos e bandeiras. Os agentes de segurança só não permitiram as faixas. Atrás de cada gol, um pequeno setor das arquibanca­das foi fechado para separar as duas torcidas. Em todos os detalhes, a arena espanhola virou um estádio sul-americano. Os argentinos que percorrera­m os 10 mil quilômetro­s de Buenos Aires a Madri levaram para o estádio a mania quase religiosa de cantar o jogo todo. Sem parar. Mostraram aos europeus um jeito próprio de torcer. Paixão tipo exportação.

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