Na metade da gestão, Belinati tem aprovação de 30%
Segundo pesquisa, prefeito recupera parte da imagem desgastada pelo aumento do IPTU
Levantamento feito pelo Instituto Multicultural entre 6 e 8 de dezembro mostra que a aprovação do prefeito Marcelo Belinati (PP) cresceu sete pontos porcentuais desde maio, passando de 23% para 30%, mas ainda está longe dos 55% do início do mandato. Desgaste da imagem do prefeito ocorreu com o aumento do IPTU no início deste ano. Pesquisa apontou ainda a satisfação do londrinense com a Sercomtel
Ainda muito baixa, a aprovação do prefeito Marcelo Belinati (PP) cresceu sete pontos porcentuais desde maio. Subiu de 23% para 30% na pesquisa realizada entre 6 e 8 de dezembro pelo Instituto de Pesquisa Multicultural. A porcentagem dos que não aprovam o prefeito também cresceu, mas em menor proporção. Passou de 56% para 59%. O que diminuiu bastante foi o porcentual de entrevistados que não sabem avaliar. Baixou de 21% para 11%.
A primeira pesquisa do Multicultural sobre a popularidade do prefeito foi feita ao final dos 100 primeiros dias da administração dele, em abril do ano passado. Naquela época, Belinati gozava de 55% de aprovação. E se manteve num patamar acima de 50% em três outras pesquisas feitas até o fim do primeiro ano de mandato pelo instituto.
Em maio deste ano, após o aumento do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), que ultrapassou 400% para muitos contribuintes, a aprovação de Belinati despencou para 23%.
NOTA
A nota média dada pelos londrinenses ao líder do Executivo na mais recente pesquisa foi de 4,4. Ele é mais bem avaliado na zona norte (4,8). No início do mandato, obteve 6,6 naquela região.
O grau de confiança de Belinati diminuiu. Na nova pesquisa, 66% dos entrevistados disseram não confiar nele, contra 61,5% da pesquisa anterior. Os que confiam passaram de 30,5 para 32%. E os que não sabem foram de 8% para 2%.
Ao analisar as respostas sobre aprovação, confiança e a nota dada ao prefeito, o diretor estatístico do Instituto Multicultural, Edmilson Vicente Leite, vê um processo de recuperação da popularidade de Belinati, prejudicada pelo aumento do IPTU em
2018. Ele ressalta o fato de 21% das pessoas terem respondido “não saber” quando perguntadas sobre a aprovação ou não do prefeito na pesquisa anterior. “Era um número muito alto, fora do normal.”
Leite explica ser comum que parte das pessoas leve um tempo para definir nova opinião sobre alguém. “Tem uma fase de transição”, alega. Prova disso é que o número de pessoas indecisas quanto à aprovação do prefeito era de apenas 8% antes do aumento do IPTU. “Desses 21%, mais ou menos 10% voltaram a ter uma posição definida
sobre o prefeito: 7% voltaram a aprová-lo e 3% a não aprová-lo”, explica.
Apesar de reconhecer que o prefeito melhorou sua imagem perante parte dos londrinenses, o diretor ressalta que a não aprovação dele ainda é muito grande: 59%. “A cada três cidadãos, dois
não aprovam”, destaca. E ressalva: “Quando a aprovação cai, geralmente é um processo muito rápido. Mas a recuperação sempre leva mais tempo.”
Belinati não está sozinho quando o assunto é baixa aprovação. A administração da governadora Cida Borghetti (PP) é aprovada por apenas 39% dos londrinenses e a do presidente Michel Temer (PMDB), só por 9%.
SERVIÇOS
O instituto também quis saber quais os maiores problemas da cidade em algumas áreas. A falta de creches
é o principal na educação para 52% dos londrinenses; e a falta de médicos, o pior problema da saúde para 37%. O serviço de tapar buracos foi apontado como “mau realizado” por 52,5% dos entrevistados.
No trânsito, os entrevistados apontaram a educação dos motoristas e pedestres com principal problema (51% dos entrevistados disseram isso).
Foram entrevistadas 608 pessoas de todas as regiões da cidade. A margem de erro da pesquisa é de 3% para mais ou para menos e o intervalo de confiança, de 95%.
A falta de creches é o principal problema na educação para
52% dos londrinenses