SOLENIDADE -
Presidente eleito e seu vice, general Hamilton Mourão, foram diplomados em solenidade no TSE
Ao ser diplomado nesta segunda (10), em cerimônia no Tribunal Superior Eleitoral, conduzida pela ministra Rosa Weber, o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), fez um discurso conciliatório e pediu o apoio de todos. Ele prestou continência para a plateia e foi aplaudido e chamado de mito por parte dos presentes
Brasília -
O presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), e seu vice, general Hamilton Mourão (PRTB), foram diplomados em cerimônia no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) na tarde desta segunda-feira (10). Bolsonaro prestou continência para a plateia e foi aplaudido e chamado de mito por parte dos presentes.
A diplomação é uma etapa indispensável para que os eleitos possam tomar posse. Ela confirma que o político cumpriu as formalidades previstas na legislação eleitoral e está apto a exercer o mandato.
A solenidade realizada no plenário do TSE foi aberta com o Hino Nacional executado pela Banda dos Fuzileiros Navais. Os diplomas são assinados pela presidente da corte, ministra Rosa Weber. Cerca de 700 pessoas foram convidadas para assistir ao evento, segundo a assessoria do tribunal.
Compareceram à cerimônia autoridades, políticos e vários ministros do futuro governo.
Do atual governo estavam os ministros Carlos Marun (Secretaria de Governo), Eliseu Padilha (Casa Civil) e Grace Mendonça (Advocacia-Geral da União). Entre os familiares do presidente eleito, participaram da cerimônia os filhos Flávio (eleito senador), Carlos (vereador no Rio de Janeiro) e Eduardo Bolsonaro (reeleito deputado federal).
A diplomação marca o início da segunda fase do gover- no de transição, com a montagem das equipes do segundo e terceiro escalões, o que pode ter reflexos na base do governo no Congresso. A primeira etapa da transição, de formação de ministério, foi concluída no domingo (9) com a escolha de Salles, do partido Novo, para o Meio Ambiente - a 22ª pasta do futuro governo.
Parlamentares que apoiaram a eleição de Bolsonaro e que viram a Esplanada dos Ministérios ser preenchida sem que eles pudessem indicar aliados esperam uma sinalização do futuro governo sobre a abertura que terão para sugerir nomes para as demais estruturas federais.
‘VOTO DE CONFIANÇA’
Logo depois de ter sido diplomado, o presidente eleito, Jair Bolsonaro, fez um discurso conciliatório, no qual pediu o apoio de todos os brasileiros, e exaltou o papel das redes sociais no processo eleitoral deste ano.
“Vivenciamos um novo tempo, as eleições de outubro revelaram uma nova prática. O poder popular não precisa mais de intermediação”, afirmou.
Eleito com forte presença nas redes sociais e com pouco tempo de televisão, Bolsonaro exaltou o papel da internet na corrida presidencial afirmando que “as novas tecnologias permitiram uma nova relação entre eleitor e seu representante”.
Em discurso de dez minutos, fez acenos à classe política, cumprimentando o expresidente Fernando Collor, presente na cerimônia, e chamando o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), de “companheiro”.
Bolsonaro deixou de lado o tom crítico adotado durante a campanha em relação à lisura do processo eleitoral, exaltou o voto popular e a atuação do tribunal.
O eleito agradeceu os 57 milhões de votos obtidos no segundo turno da disputa e pediu apoio dos que não o escolheram para presidente.
“Aos que não me apoiaram, peço a sua confiança para construirmos juntos um futuro melhor para nosso País”, disse.
Ele afirmou ainda que, a partir de 1º de janeiro, será o presidente dos 210 milhões de brasileiros. “Governarei em benefício de todos, sem distinção de origem social, raça, sexo, cor, idade ou religião”, afirmou.