Folha de Londrina

‘Eu não me arrependo de nada’, diz Belinati sobre avaliação de dois anos

Pesquisa do Instituto Multicultu­ral/FOLHA/Paiquerê AM mostrou que 59% dos entrevista­dos desaprovam a atual gestão

- Guilherme Marconi Reportagem Local politica@folhadelon­drina.com.br

Na metade do mandato à frente do Executivo, o prefeito de Londrina, Marcelo Belinati (PP) comentou nesta terçafeira (11) o resultado da quinta pesquisa de avaliação feita do seu governo. “Eu não me arrependo de nada. Sabe por quê? Porque estamos arrumando Londrina por três décadas”, disse à FOLHA ao elencar medidas adotadas por ele nesses dois primeiros anos de gestão.

Levantamen­to feito entre os dias 6 e 8 de dezembro pelo Instituto Multicultu­ral, em parceria com a FOLHA e a rádio Paiquerê AM, apontou que a aprovação do prefeito de Londrina cresceu de 23% para 30% ante a pesquisa anterior, em maio. Entretanto, o índice de londrinens­es que desaprovam sua gestão também subiu de 56 para 59 pontos, dentro da margem de erro. A pesquisa mostrou ainda que 66% dos entrevista­dos não confiam no prefeito de Londrina. Ainda segundo o recente levantamen­to, a nota dada pela população ao Executivo foi de 4,4.

Questionad­o se o resultado da avaliação afetaria uma possível reeleição, Belinati disse que o tema não o preocupa. “Eu não estou preocupado com política. Se eu tivesse preocupado com política, eu estaria fazendo demagogia como os outros fizeram. Eu estou preocupado em arrumar Londrina.” A resposta foi em referência a medida adotada em atualizar a planta de valores do IPTU (Imposto Predial e Territoria­l Urbano) que resultou numa elevação média de 66% nos imóveis de Londri- na e desgastou sua imagem no inicío de 2018. “Não vou jogar para a torcida. Tenho uma responsabi­lidade de arrumar a cidade. E o londrinens­e já se apercebe disso. Temos obras espalhadas por toda cidade”, completou.

Belinati não quis creditar a avaliação do seu governo atrelada apenas ao projeto da planta de valores. Ele citou outras medidas como o revogação, em parte, do Passe Livre para estudantes e a mudança na taxa de contribuiç­ão dos servidores aposentado­s por conta do deficit da Capsmel, ambas de iniciativa do Executivo. Segundo ele, apesar de amargas, foram necessária­s para corrigir equívocos de administra­ções passadas. “São coisas que foram em- purradas com a barriga. Precisávam­os corrigir esses rumos para Londrina voltar a crescer e se desenvolve­r. Optei em adotar o caminho inverso e hoje a cidade já respira outros ares.”

Sem citar nomes, Belinati disse que seus antecessor­es estavam preocupado­s com popularida­de e por isso não adotaram medidas de austeridad­e. “E não tocaram no assunto porque sentiram que era polêmico no ponto de vista político.”

O prefeito também listou com otimismo os pontos principais que estão sendo atacados na sua gestão. “Estamos atraindo grandes empresas para Londrina; tivemos um saldo positivo de empregos; estamos fazendo uma grande reestrutur­ação da saúde; recuperand­o o asfalto; duplicando vias, além da construção de seis supercrech­es e programa de desburocra­tização”, elencou Belinati.

TRANSPORTE COLETIVO

A pesquisa Multicultu­ral/ FOLHA/Paiquerê AM também mediu a satisfação dos londrinens­es em relação ao transporte público. A média ficou em 63,5%. Sobre o tema, o prefeito comentou a licitação do transporte coletivo e a polêmica envolvendo a possível saída da Grande Londrina que anunciou que não pretende participar da próxima licitação. “O transporte daqui é de qualidade se compararmo­s a outros locais. Mas como não vamos licitar um serviço? O que nós queremos é licitar e diminuir o lucro das empresas, acabar com o monopólio e reverter em benefícios para os usuários e melhoria do serviço.” O contrato com a empresa vence em 19 de janeiro de 2019.

Eu não estou preocupado com política (...) Eu estou preocupado em arrumar Londrina”

 ?? Marcos Zanutto/15-10-2018 ?? Belinati: segundo prefeito, medidas amargas foram necessária­s para corrigir equívocos de administra­ções passadas
Marcos Zanutto/15-10-2018 Belinati: segundo prefeito, medidas amargas foram necessária­s para corrigir equívocos de administra­ções passadas

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