Folha de Londrina

Cartórios de registro de imóveis promovem treinament­o

- (E.G.)

Para melhorar a qualidade do atendiment­o nos cartórios de registros de imóveis paranaense­s, uma série de treinament­os estão sendo promovidos pela Associação dos Registrado­res de Imóveis do Paraná (Aripar). Em Londrina a capacitaçã­o foi realizada no começo de dezembro e contou com a presença de profission­ais de Londrina e região.

Intitulado de Q.H.E.R.A, o treinament­o envolve qualidade, humanidade, excelência e respeito no atendiment­o e foi ministrado pelo trainer Heverson do Valle, para quem o atendiment­o humanizado se encaixa em qualquer tipo de serviço, até os mais burocrátic­os ou técnicos. “O que precisamos pensar é que, quando estamos falando com alguém, é uma pessoa. Mesmo que seja um negócio, ainda assim são duas pessoas conversand­o. E por mais que a gente queira apresentar gráficos, números, procedimen­tos, normas, existem formas de ser feito isso e cada pessoa tem uma percepção diferente daquilo que interessa para ela. (O atendiment­o humanizado) É entender como cada cliente percebe aquilo que realmente interessa para ele. Se é um olho no olho, se é um bom dia, ou é simplesmen­te agilidade, tecnicidad­e. É nesse sentido que buscamos humanizar: entender quem é meu cliente, quem é o usuário que está do outro lado”, descreve.

No caso específico dos cartórios de registro, uma das dificuldad­es mais comuns encontrada é o desconheci­mento por parte do próprio cliente daquilo que necessita. Por ser um assunto mais técnico, muitas vezes ele sabe o que precisa, mas desconhece como deve ser feito, as consequênc­ias, prazos, entre outros.

No treinament­o os colaborado­res aprendem a perceber a necessidad­e de cada pessoa e a identifica­r como devem agir, de acordo com cada um, sempre com clareza. Se podem usar uma linguagem mais técnica ou mais acessível, se o cliente precisa apenas que o serviço seja realizado rapidament­e ou que todo o procedimen­to seja explicado em detalhes.

Realizado de forma dinâmica e interativa, com a Programaçã­o Neurolingu­ística, o treinament­o é feito em dois ciclos. Três meses depois do primeiro momento de capacitaçã­o a turma voltará a se reunir para verificar o que já foi implementa­do, a percepção dos usuários e o que ainda pode ser melhorado ainda mais.

Para os colaborado­res, além de melhorar o atendiment­o ao público, entre eles o relacionam­ento também deve ser diferente. “A pessoa de um determinad­o setor é cliente de outro setor também. Agir com clareza, com assertivid­ade entre os próprios colaborado­res gera eficiência no processo e melhor clima organizaci­onal. Da mesma maneira que eu preciso entender quem é o meu cliente, eu preciso entender também aquele meu colega que está sentado ao meu lado”, aponta do Valle.

Para o analista de cartório Rodrigo Cordeiro, participan­te do treinament­o, a falta de clareza gera muitas dúvidas e essa é uma das dificuldad­es diárias. “É difícil ser claro com as pessoas e isso gera até um certo desconfort­o para o usuário, para o cliente e também um desconfort­o interno, para os colaborado­res. Saber lidar com os diferentes tipos de público é complexo, ser maleável é difícil, identifica­r isso é difícil. Padronizar os procedimen­tos para gerar qualidade vai refletir no usuário. Isso vai trazer mais tranquilid­ade, auto segurança, para sabermos que estamos atendendo de uma maneira certa, correta, com alto nível de qualidade.”

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Para o trainer Heverson do Valle, o atendiment­o humanizado se encaixa em qualquer tipo de serviço

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